O sargento André Nascimento foi morto na noite de ontem
Familiares choram a morte do sargento André Nascimento (Fotos: Portal Infonet)
O sentimento era de dor e revolta na cerimônia do velório do sargento André Nascimento. O membro da Polícia Militar de Sergipe (PM/SE) foi assassinado a tiros após reagir a assalto a um posto de gasolina na Barra dos Coqueiros na última sexta-feira.
Na manhã deste sábado, 20, amigos e familiares do PM se reuniram na Igreja Assembleia de Deus, a qual André frequentava, para velar o corpo.
De acordo com familiares, faltavam apenas seis meses para o sargento apresentar sua aposentadoria a polícia. Os amigos dizem que a vítima era um homem pacato e sem inimigos. Colegas de profissão estão desolados pela forma como a vida do sargento foi tirada.
O oficial da PM, Jules Rimet, fala que já conhecia o colega há mais de 30 anos. “Já o conhecia há muito tempo. Sei que ele não tinha inimigo ou desavenças. Ele tinha um grande envolvimento na sociedade, fazia parte da igreja. Infelizmente, ele foi vítima desse ato”, contou o oficial. “É uma perda muito grande, não só para nós que somos amigos, mas para a corporação que perde um grande parceiro”, completou.
O PM Jules falou também sobre o sentimento de vulnerabilidade que se instalou entre os policiais. “É uma preocupação, porque pode acontecer como cada um de nós aqui. Nós também somos vítimas da violência na sociedade”, explicou.
André Nascimento deixa uma esposa e três filhos. O motorista Alan Kardec Alves fala que conhecia André desde criança, já que seu pai também era militar. “É o tipo de coisa que a gente não aceita. Ele sempre foi um cara sossegado, amável, participativo na comunidade. É revoltante como a violência está crescendo a cada dia”, falou Alan Kardec.
A Polícia Militar também encaminhou nota onde lamenta a morte do sargento.
Membros da Polícia Militar estiveram presentes no velório do sargento
Cobrança
Os amigos do sargento, o subtenente Jailton Souza, o tenente Paixão e o capitão Adilson Barbosa, estão revoltados com a morte de André Nascimento e pedem suporte. “Ficamos muito indignados com a impunidade. Nós doamos nossa vida pela polícia. Cadê os Direitos Humanos para se manifestarem por ele? Ele já estava tão perto de aposentar e agora virou estatística como tantos outros”, falou o subtenente.
Mais tarde, às 16h, ocorrerá o sepultamento do sargento, que terá local divulgado pelos familiares da vítima.
Fonte: Infonet (Helena Sader e Kátia Susanna)
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