segunda-feira, 23 de março de 2015

NOVOS PMs DENUNCIAM ESCALA IRREGULAR.

Segundo a denúncia, novo efetivo se restringe ao centro comercial e só dura até o sol se por.


O Portal Lagartense recebeu por meio de uma comissão dos  próprios policiais, um ofício contendo vários reclames dos PMs recém formados que estão destacando em Lagarto.

De acordo com os novos soldados, eles estão obedecendo a uma escala semelhante a de uma segurança privada. Onde são trabalhadas 12 (doze) horas e em troca 36 (trinta e seis) horas de descanso. Diferente dos policiais antigos, cuja escala é de 24x72 horas. E que este plantão têm se concentrado apenas no centro comercial e imediações enquanto as lojas estão abertas.

Esta mesma denuncia também foi encaminhada e lida pelo vereador Fábio Ferank na ultima sessão da câmara Municipal de Lagarto.

O questionamento se faz necessário, porque apesar do aumento no efetivo após a convocação de novos soldados, estes nunca trabalham a noite. O monitoramento das ruas é encerrado pontualmente às 18h quando cada um destes policiais é dispensado e a sociedade fica sob a proteção de apenas 6 (seis) policiais, "aquartelados" para atender a cidade e os povoados em caso de reforço.

Os novos soldados reclamam que não têm direito há condução, (viatura), portanto se deslocam a pé. Em necessidade de perseguição nada podem fazer para empreender uma diligencia. Citando como exemplo o caso do assalto ocorrido na terça-feira (17) em uma loja de Celulares no calçadão Dom Pedro II em que o meliante após lograr êxito na ação criminosa, tomou um moto taxi, e os soldados só teriam como opção tomar outro moto taxi ou carro da vitima para persegui-lo.

Quanto à condição dos mais antigos. Este se resumem em número de seis, que se revezam em cuidar do batalhão, atender o telefone e ocorrências nos quatro cantos do município de mais de 100 mil habitantes.

O ofício ainda denuncia que não há combustível suficiente para as poucas viaturas, e que algumas chegam a passar longo período do dia estacionadas no 7º batalhão sem condições de servir as rondas. Enquanto isso a população fica a mercê dos marginais que cientes desta ausência e deficiência no aparelhamento procuram agir tranquilamente.

E que alguns destes policiais foram encaminhados para segurança de festas publicas da cidade após um dia de serviço e que não tiveram pagamento pela escala extra previsto na chamada Gratificação por atuação em evento (GRAE).

Reclamações em outras cidades do estado

Outros componentes do novo efetivo procuraram a imprensa da capital para fazer denúncia semelhante. Há casos mais graves como o da falta de equipamentos. 

"Não há colete balístico dentro do prazo de validade para todos e muitos trabalham com revólver calibre 38 possuindo apenas 6 munições, o que nos traz imensa insegurança e receio de que não entremos em nenhum conflito uma vez que estamos tão despreparados no que diz respeito a equipamento. Disse um recém formado em matéria publicada no portal Infonet em 16 de janeiro de 2015 Leia aqui

O que as reivindicações deixam claro é que estamos diante de sangue novo, querendo trabalhar em pró da sociedade, mas, no entanto, não estão conseguindo aplicar o que aprenderam no curso e nos estágios supervisionados. Ao que parece o comando geral da PM de Sergipe não estava preparado para dar suporte a essa nova geração. E a sociedade precisa ver os resultados com urgência.

Nossa reportagem procurou o 7º Batalhão de Policia Militar em Lagarto onde fomos recebidos pelo comandante, Major Kleberson Pinheiro (Foto) que acaba de assumir o comando.

O major é enfático em dizer que essa escala é uma nova determinação do comando Geral da PM do Estado. E que não tem poderes para fazer quaisquer modificações.

Que a informação sobre o fato de depois das 18h, tanto o centro quanto o subúrbio ficarem desprotegidos não procede. Pois Lagarto conta três viaturas que se revezam em ronda constante pelos quatro cantos do município.

E que deseja se reunir com esta mesma comissão de novos policiais para ouvir deles as propostas e sugestões de mudanças, filtrando as que sejam coerentes com as necessidades da corporação e da sociedade e levá-las por meio de um documento até o alto comando da PM.

Quanto à carência de uma viatura a disposição dos novos soldados, Pinheiro garantiu que iria se reunir com os seus oficiais e traçar um plano de ampliação de ronda motorizada. Disponibilizando uma viatura para que esta fique localizada desde as primeiras horas úteis do dia em ponto especifico do centro da cidade para servir ainda melhor a população.

Lembrou que está prevista para os próximos dias a chegada de um Posto Móvel Comunitário para o município. Trata-se de um veículo tipo furgão, com lotação de até nove policiais militares incluindo o motorista. Para o desenvolvimento de ações de policiamento comunitário, priorizando a presença efetiva e prolongada de equipamentos e serviços policiais junto às comunidades dos bairros e povoados.

Fonte:  Portal Lagartense

2 comentários:

  1. Todos os recrutas que fazem parte de unidades de polícia comunitária estão enfrentando essa escala de 12x36, tanto no interior quanto na capital, outra celeuma é referente às bases móveis(Posto móvel Comunitário) citado nesta matéria, o veículo tem capacidade para transportar 9 policiais (passageiros) + 1 policial (motorista), e o CTB em seu artigo 143 diz:
    Art. 143 - Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação:
    IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista.
    O edital do concurso exigiu para o candidato a categoria de Habilitação B, porém os novos policiais terão que conduzir um veículo que pede a habilitação na categoria D, constituindo uma infração de transito conforme o CTB em seu artigo 162, Dirigir veículo: III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo:
    Infração - gravíssima;
    Penalidade - multa (três vezes) e apreensão do veículo;
    Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação;

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  2. Eu não dou um ano para q esses novos policiais comecem a pedir baixa,meu irmão do jeito q as PMS BRASILEIRAS estão só um louco q não tem conhecimento de como funciona essas instituições queiram um dia pensar em entrar pq se souber só a metade eles nem se escreveriam nesses concursos,acham bonitinho os policais fardados aquela falsa impressão de fazer carreira,ai quando entram a sua grande maioria se arrependem.

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