Matéria publicada no site Faxaju e neste blog em 20 de janeiro de 2012:
DIRETORA DO INSTITUTO DE HEMATOLOGIA ACUSADA DE CONTRIBUIR NA REBELIÃO DA PM.
CORAGEM DE FALAR A VERDADE
A segurança do Pré-Caju, além de estar complicada para montar a escala, já que os policiais militares de folga, decidiram não trabalhar mais em eventos, até que o governo do estado resolva atender as reivindicações da classe, está deixando muita gente irritada.
Nesta quinta-feira (19), primeira noite do Pré-Caju, o comando geral da PM, foi obrigado a mudar a estratégia para escalar os militares, já que centenas deles estiveram no HEMOSE e no Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe, onde fizeram doação de sangue.
Isso, alem de preocupar a cúpula da Segurança Publica, acabou irritando o comando que esteve pessoalmente no IHHS, enquanto outros oficiais foram ao Hemose, “conferir” as doações.
Na manha desta sexta-feira (20), o balanço feito pela SSP, foi que na “primeira noite da festa é marcada por tranqüilidade”.
Para alguns militares, a segurança deve se complicar a partir de hoje, dado o pequeno número de PMS disponíveis para fazer a segurança. A situação preocupou tanto a cúpula da SSP, que até mesmo os policiais militares que estavam à disposição da policia civil foram “convocados”. A “convocação” foi feita acompanhada de um aviso da superintendente da PC. “Caso não se apresentem para trabalhar, serão devolvidos ao batalhão”.
Mas o que mais chamou a atenção, principalmente da Diretora do IHHS, Mirah Dantas Guimarães, foi um e-mail envaido a sua pessoa, onde um “anônimo” acusa o Instituto de estar contribuindo para uma rebelião militar.
Veja o que diz o e-mail enviado à diretora do IHHS:
“Parabéns por contribuírem para uma rebelião militar, e consequentemente a falta de policiamento no pre caju hoje a noite, e com certeza esse sangue será utilizado a partir de hoje a noite até terminar o Pre Caju, haja vista a quantidade de vítimas que haverão por questoes de violência, e esse instituto com certeza ajudará na entrega de sangue de vitimas para ajudar a quem vai precisar. Sejam coerentes, não macule a imagem desse conceituado instituto”.
Mirah Dantas rebateu a acusação, ironizando o autor do e-mail, como sendo “tão corajosa a mensagem” e explica que não é função do IHHS fazer segurança. Alem disso a diretora diz que o problema “no nosso ponto de vista toda e qualquer rebelião acontece por falta da habilidade democrática de negociação das esferas responsáveis.”, explica a diretora.
Veja a resposta da Mirah Dantas ao que ela classifica de “corajosa mensagem”:
“Respondendo a sua tão CORAJOSA mensagem devemos esclarecer que não somos responsáveis pela segurança publica desse estado. No nosso ponto de vista toda e qualquer rebelião acontece por falta da habilidade democrática de negociação das esferas responsáveis. O SANGUE assim como a segurança publica é vital para as pessoas que necessitam e cada um tem a responsabilidade pelo seu quinhão. Espero que o senhor ou senhora e seus entes queridos não estejam no rol das VÍTIMAS DESSA REBELIÃO, mais a nossa razão de viver é A DOAÇÂO e todos os policiais que aqui comparecem estão fazendo de forma espontaneamente. Pior é se comportar como avestruz que enterra a cabeça no buraco do chão para fugir da sua responsabilidade. Esperamos sua compreensão e de todos os seus.”
A DIREÇAO DO IHHS
Mirah Dantas Guimarães
Diretora Administrativa/Presidente
IHHS - Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Sergipe
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
Nota do blog: Portanto, está mais do que provado que estes órgãos que recebem doação de sangue merecem o nosso respeito e admiração, tanto é que foi expedido um documento por escrito, que foi juntado ao processo pela defesa da AMESE, através do Dr. Márlio Damasceno, defendendo os policiais e bombeiros militares que doaram sangue naquela oportunidade.
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