O site SOS Bombeiros lançou vaquinha com cotas de R$ 2 para ajudar o sargento-bombeiro André Fernareti a pagar R$ 1 mil, em duas prestações de R$ 500, para dar fim ao processo por desacato e lesão corporal leve que tramita no 4º Juizado Especial Criminal, movido pelo juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara de Saquarema.
É a chamada transação penal — acordo que encerra a ação. O militar se envolveu em confusão com o magistrado no Posto 9, em Ipanema, em dezembro. Mais detalhes em www.sosbombeirosrj.com.
Entenda o caso
Em dezembro do ano passado o magistrado Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara de Saquarema, foi acusado de ofender um bombeiro dentro do posto de guarda-vidas, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. No entando, o juiz alegou que foi agredido por socos pelo sargento André Fernarreti. O caso foi parar da 14ªDP (Leblon) e registrado como lesão corporal e desacato depois de nove testemunhas serem ouvidas.
Um vídeo obtido por O DIA revela parte da confusão. As imagens, sem aúdio, mostram Ruliere entrando no posto 9 com mais dois amigos. O motivo seria porque a namorada de Fábio Pastor, um dos que acompanham o juiz, teria sido agredida por uma funcionária do local. A discussão teria começado por causa do uso do banheiro. Após o trio cercar uma das funcionárias, uma delas chama os guarda-vidas.
Uma nova discussão tem início entre Fernarreti e Ruliere, este aparentando estar exaltado. Quando o guarda-vidas sobe as escadas, o magistrado vai atrás e o encara. Logo depois, Fernarreti desfere dois socos em Ruliere, que desce as escadas e sai do posto, retornando segundos mais tarde e subindo a escada novamente.
“O juiz estava agindo ali com abuso e além do limite de suas responsabilidades”, disse o vereador Marcio Garcia (PR), que presta assessoria jurídica aos bombeiros no caso. “Estou acompanhando tudo para garantir que eles tenham o direito de se defender e evitar que ele (Ruliere) tenha algum privilégio, pois é filho de um desembargador. Tentaram arrastar uma das funcionárias e os guarda-vidas foram ver o que estava acontecendo. Não é porque alguém é juiz que pode arrumar briga com todo mundo”, relatou Garcia ao DIA .
O magistrado relatou, em depoimento, que foi impedido de entrar no posto pelos funcionários e se identificou como juiz. Após a confusão com o sargento, Ruliere deu-lhe voz de prisão e acionou dois policiais militares. Segundo ele, André ainda lhe desferiu outro soco pois não queria ir para a delegacia. André informou aos policiais ter sido ofendido diversas vezes pelo magistrado que, irritadiço, o mandou se f#% e ainda tentou lhe dar uma cabeçada.
Fonte: Blog do Almança/O Dia
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