segunda-feira, 13 de abril de 2015

EM SEGURANÇA PÚBLICA, BRASIL EMPATA COM A VENEZUELA.

O Brasil ocupa o 122º lugar entre 133 países no quesito “Segurança pessoal”, no Índice de Progresso Social 2015


A segurança pública é atualmente o maior problema enfrentado pelos brasileiros. Mesmo com políticas públicas lançadas nos últimos anos para combater a violência, o país tem um dos piores resultados do mundo nessa área, segundo a nova versão do Índice de Progresso Social (IPS). A versão lançada nesta quinta-feira (9), que analisa 133 países, coloca o Brasil na 122ª posição quando o assunto é segurança pessoal. O resultado é comparável ao encontrado em Venezuela e Honduras, graças a péssimos resultados em quesitos como taxa de homicídio, percepção de criminalidade e taxa de crimes violentos.

O IPS é um levantamento organizado pela Social Progress Imperative, organização sem fins lucrativos que organiza a pesquisa junto a universidades e empresas privadas como Deloitte e a Fundação Rockefeller. Esse índice se baseia em 52 indicadores objetivos para avaliar o bem-estar para a população. O levantamento mostra que nem sempre os países mais ricos oferecem vida melhor a seus habitantes.

O grave quadro da segurança pública brasileira não chega a surpreender os elaboradores da pesquisa. Eduardo Oliveira, especialista em setor público na consultoria Deloitte (parceira na preparação do IPS) afirma que os avanços na área poderiam ter sido maiores. “A expectativa era de que a segurança pública melhorasse bastante”, diz. “Imaginava-se que, com políticas como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) houvesse uma grande melhora. Mas isso não bastou para mudar significativamente a nossa posição”.

O Brasil se sai bem nos quesitos liberdade religiosa, tolerância e vivência comunitária pacífica. No balanço geral, o país tem desempenho mediano. Englobado no grupo de “médio-alto” progresso social, o país ocupa a 42ª posição no ranking do IPS-2015. Supera outros grandes países subdesenvolvidos, como México e Rússia, mas fica atrás de nações vizinhas, como Argentina, Uruguai e Chile. Os mais bem colocados são países europeus com alto PIB per capita: Noruega, Suécia e Suíça. Já os piores são os africanos Chade e República Centro-Africana.


Fonte: Por Igor Utsumi e Marcos Coronato, revista Época. Foto: © STRINGER Brazil / Reuters

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