sexta-feira, 29 de maio de 2015

JACKSON ADMITE DESPREPARO NA SEGURANÇA, DIZ SINTESE.

Isso ao orientar a categoria a doar algemas para a Polícia

Professores continuam algemados no hall do Palácio dos Despachos (Fotos: Portal Infonet)

Os professores entram neste sábado, 30, no quarto dia de ocupação no Palácio dos Despachos. São 28 pessoas algemadas que estão contando com o apoio de colegas na luta para que o Governo de Sergipe efetue o pagamento do reajuste de 13,01% do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), concedido em janeiro em nível nacional. O Governo garante estar agindo dentro da lei que destaca a concessão de aumentos atrelada ao Limite Prudencial. Para o sindicato da categoria, o Sintese, a afirmação do governador Jackson Barreto (PMDB), de que devem doar as algemas para a Polícia Militar, ‘demonstra fragilidade na Segurança Pública’.

“Os professores precisam ter uma resposta concreta do Governo do Estado e a resposta pra nós é o governador Jackson Barreto, através da equipe econômica, do vice-governador, o secretário de Educação, de quem quer que seja, que tenha o poder de negociar, informar aos professores quando vai efetivar o pagamento do reajuste de 13,01% do Piso para todos”, ressalta a presidente do Sintese, Ângela Melo.

Segundo ela, a categoria luta para estabelecer uma agenda visando discutir a pauta de negociação que vai além do percentual de reajuste do Piso. “Esse percentual para os professores significa a dignidade da categoria porque é uma lei, não é estabelecido em assembleia, mas nacionalmente. É publicado pelo MEC para ser pago em janeiro, nós já estamos chegando em junho e o Governo do Estado não se posiciona em relação ao reajuste dos professores”, completa.

Algemas

A presidente do Sintese explicou o significado das algemas. “Os professores estão passando por um processo de tortura psicológica, de criminalização, da perseguição política, do corte de ponto. Se o Governo quiser cortar o ponto que corte, sabendo que os professores não vão repor as aulas. De cinco em cinco minutos chega um professor dizendo que alguns diretores estão informando através do WatsApp, do telefone, que tem que voltar porque é determinação da DEA, que se não voltar vai ter processo administrativo, corte de ponto. Isso é ou não é tortura, é ou não é opressão?”, indaga.

Despreparo

Sobre a orientação do governador Jackson Barreto para que façam uma doação das algemas à Polícia Militar de Sergipe, Ângela Melo foi enfática: “Um despreparo do Governo, um desrespeito para com duas categorias fundamentais para o serviço público. Uma é a Educação e a outra, a Segurança. O Governo diz em tom de ironia e de deboche, que o Estado não tem algemas. Primeiro, não é postura do Governo do Estado debochar de um movimento sério, segundo, mostra a fragilidade do Governo com a segurança. Se a polícia do meu Estado não tem nem uma algema, imagine condições de trabalho”.

Governo

O governador Jackson Barreto voltou a falar no início da tarde desta sexta-feira sobre as algemas . “Eu não sei porque essas algemas. Eu nasci como combatente da Ditadura Militar. Dá minha parte estou tranquilo. Os professores recebem o Piso aprovado na Assembleia Legislativa o ano passado e na lei, está claro que o Governo só pode dar aumento se nós tivermos no Limite Prudencial e nós estamos”, reitera.

Fonte:  Infonet (Aldaci de Souza)

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