“Segundo lugar na violência, o povo sergipano não merecer a medalha de prata da criminalidade”, o desabafo é do líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Samuel Barreto, o “Capitão Samuel” (PSL), ao comentar os números divulgados na coluna “Radar” de Lauro Jardim na Revista Veja, com base nos dados enviados pelos estados ao Ministério da Justiça.
O Estado de Sergipe aparece em segundo lugar no ranking de homicídios dolosos, ou seja, que tem intenção de matar, registrados pelas autoridades policiais em 2014. Os dados apontam uma taxa de homicídios de 45,5 por 100.000 habitantes, um total absoluto de 999 casos. Em primeiro lugar, está o estado do Ceará com um total absoluto de 4.144 homicídios.
Para Samuel, esse número não o surpreende, porque durante as eleições, vendo a criminalidade ficar sem controle, ele previu que “Sergipe iria ganhar a vergonhosa medalha da violência”. “Não tinha outro caminho, o Governo não age com firmeza para combater a violência e quem paga é o cidadão que está refém da bandidagem”, dispara.
Samuel lembrou que essa não é a primeira vez que dados estatísticos apontam Sergipe como um Estado violento. “Éramos o terceiro estado mais violento, agora subimos mais um degrau” lembrou afirmando que o Governo não toma as rédeas da segurança, os marginais agem livremente, e a população continua polvorosa com tamanha fragilidade da segurança pública.
Consequências
O líder da oposição atribuiu a, pelo menos, três problemas que têm contribuído para o caos que se instalou na segurança pública de Sergipe. Reduzido efetivo da Polícia Militar, a demora na convocação de novos soldados aprovados no último concurso para a PM, e o último, que na opinião do deputado é o mais grave, “a falta de planejamento e agilidade do governo Jackson Barreto (PMDB)”.
De acordo com Samuel, Jackson usou a campanha eleitoral para fazer promessas que não consegue ou não quer cumprir. “O Governador prometeu que até o final de 2014, o efetivo da PM passaria a contar com mais 600 homens. Infelizmente, hoje apenas 300 foram convocados. O número de policiais que está aí não vai mudar o cenário da violência, eles estão sobrecarregados e sem condições estruturais para combater o crime”, afirmou.
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