quinta-feira, 30 de julho de 2015

LADRÕES FAZEM 669 ASSALTOS DENTRO DE ÔNIBUS SÓ ESTE ANO.

Sintra aponta situação dos transportes e insegurança das linhas para periferia.


“Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Os rodoviários não têm para onde fugir mais, até assaltos às 5h da manhã estão sendo registrados e não mais só à noite”, declarou Miguel Berlamino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sintra), ao falar da situação dos assaltos a ônibus até o momento. Até a última terça-feira, 28, seiscentos e sessenta e nove já haviam sido registrados em 2015, comparado a 2014, que 511 entraram para conta dos 365 dias. 

Linhas como as que fazem transporte para a região de Nossa Senhora do Socorro, Santa Maria, Parque São José, Sanatório e outras da periferia estão na lista do perigo para a classe que já trabalha assustada. 

De acordo com Miguel, existe um horário crítico, mas toda hora agora é para atenção. “Antes o horário complicado era a partir das 18h, mas agora cerca de 30% dos assaltos são feitos de dia e 70% à noite. Agora já  na primeira viagem, alguns trabalhadores já sofrem com a ação dos marginais. Os rodoviários estão com medo”, comentou o dirigente. 

Com a modernidade da passagem eletrônica, uma nova modalidade agora faz uma verdadeira limpa nos pertence dos usuários, são os populares “arrastões”. Esta semana, um ônibus com destino ao Conjunto Augusto Franco foi abordado por volta das 19h por dois adolescentes com peixeiras nas mãos. Durante o tempo curto, eles levaram os celulares dos passageiros que estavam no fundo. 

A universitária Fernanda Sales foi testemunha ocular e anda atenta depois do ocorrido. “Ando olhando para os lados - assustada - depois do que vivi. Foi um susto enorme. Precisamos ir para a delegacia depois e o ônibus mudou a rota para todo mundo prestar queixa”, relatou. 

Em abril, a categoria participou de uma audiência com o secretário de segurança pública Mendonça Prado que prometeu mais abordagens, mas Miguel disse que ainda não é suficiente. “Precisamos de mais ações. As abordagens estão acontecendo sim, mas ainda não estão fazendo efeito. Estamos no aguardo para mais uma reunião com o secretário com o objetivo de cobrar mais”, finalizou.

Fonte:  Jornal da Cidade

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