quarta-feira, 8 de julho de 2015

PM CRITICA TREINAMENTO PARA UPPs E DIZ QUE AGENTES CORREM RISCO NA MARÉ POR FALTA DE ARMAMENTO.

Mais de 1.500 PMS ocupam a comunidade
Reprodução / Rede Record

Um policial militar, que está há seis anos na corporação e já atuou em uma comunidade pacificada no Rio, diz estar aliviado por não participar do processo de pacificação do Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Segundo o militar, os agentes correm riscos porque faltam armamentos e munições.

— Nem sempre o fuzil do policial funciona. Não tem carregador com munição sobressalente. Se você pedir mais um carregador, eles torcem a cara.

Na entrada da Vila do João, os policiais ficam posicionados atrás da viatura para se proteger de um possível ataque. Para o policial, não será fácil o patrulhamento na comunidade.

— Muita gente vai se machucar lá. A não ser que dance conforme a música. O que é dançar conforme a música? Fica paradinho ali na entrada da favela e deixa o tráfico lá dentro rolar a vontade.

Ainda de acordo com o policial, o treinamento para os novos agentes de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) é falho.

— Os instrutores, eles dão até a vida para treinar a gente. Só que não há meios e nem tempo lá dentro. É igual fábrica de biscoito: eles querem formar e botar para fora.

Para ocupar a região na última terça (30), foram deslocados mais de 1.500 PMs, um efetivo bem menor do que o usado pelas Forças Armadas. No mesmo dia da ocupação, gravações feitas por policiais registraram o momento em que parte da tropa da PM bateu de frente com um comboio de bandidos ao chegar à comunidade.

Assista ao vídeo:



Fonte:  R7

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