Foto: Fernando Gomes / Agência RBS
Servidores públicos estaduais prometem cruzar os braços nesta segunda-feira em protesto contra o parcelamento de salários que atingiu 47,2% do funcionalismo. Serviços essenciais devem ser paralisados ou reduzidos ao longo do dia — entre eles, o policiamento ostensivo da Brigada Militar, o atendimento de ocorrências sem gravidade pela Polícia Civil e as aulas nas escolas da rede estadual.
Bancos podem fechar se não houver policiamento
Uma liminar, deferida neste domingo pela Justiça do Trabalho, permite que os bancos não abram nesta segunda-feira caso não haja policiamento nas ruas em função da paralisação dos servidores da segurança pública. A decisão vale para todo o Estado e foi concedida após ação judicial proposta pelo SindBancários e pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fratrafi-RS). As informações são da Rádio Gaúcha.
Segundo as entidades, há uma preocupação com a segurança dos servidores e clientes devido à promessa de sindicatos de que não haverá policiais nas ruas, em protesto contra o parcelamento de salários. A orientação é que os funcionários compareçam aos bancos para que sejam avaliadas as condições de trabalho e para verificar se há a necessidade de dispensar os trabalhadores.
— Nossa preocupação é com a segurança dos colegas e dos clientes. A decisão judicial reconhece o risco de abrir uma agência bancária sem polícia na rua. O Judiciáirio teve sensibilidade para reconhecer que há muitos riscos envolvidos. Esperamos que os bancos tenham a mesma sensibilidade e dispensem os trabalhadores nesta segunda-feira — afirmou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
A entidade informou que alguns diretores estarão circulando pelas ruas de Porto Alegre desde as primeiras horas da manhã para avaliar a situação.
De acordo com o levantamento do SindBancários, desde o início do ano até o dia 31 de julho, foram 124 ataques a agências bancárias da Capital, o que significa 11 ocorrências a mais do que o mesmo período do ano passado.
— Toda semana há casos de ataques a bancos com todo o tipo de violência, como uso de explosivos, em todo o Estado. E isso que temos garantia de policiamento ostensivo. Nossa preocupação é que não haja policiamento e os bancários fiquem ainda mais vulneráveis — acrescentou Gimenis.
Fonte: Zero Hora e Rádio Gaúcha
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