Ele foi detido em Brasília quando estava em casa e será levado para a superintendência da PF no Paraná; prisão é preventiva
Alan Sampaio / iG Brasília
Primeiro dia de trabalho de José Dirceu (Arquivo)
A prisão, que foi feita temporariamente, tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado. Ele será levado para a Superintendência da PF em Curitiba.
Nesta nova fase, a PF cumpre 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A operação foi batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar propina recebida de contratos.
Últimos anos de José Dirceu
Apontado como o mentor do esquema de compra de apoio político durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula, José Dirceu foi condenado no processo do mensalão do PT e cumpre, desde novembro do ano passado, sua pena de 7 anos e 11 meses de prisão em regime domiciliar. Ele foi considerado culpado de corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na Lava Jato, o ex-chefe da Casa Civil é investigado em inquérito na Justiça Federal do Paraná por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. A PF investiga se a empresa de consultoria de Dirceu – a JD Consultoria, criada quando ele deixou o governo Lula, em 2005 – recebia propinas na forma disfarçada de consultorias.
Várias empreiteiras sob investigação na Operação Lava Jato são clientes da JD. Entre 2006 e 2013 o ex-ministro faturou R$ 39 milhões com a empresa de consultoria, sendo que R$ 9,5 milhões foram de empresas investigadas pela Lava Jato. A PF investiga se alguns desses pagamentos eram propina para que Dirceu intercedesse e facilitasse os negócios dessas empresas com a Petrobras.
Fonte: IG
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