terça-feira, 4 de agosto de 2015

POLICIAIS CIVIS FAZEM GREVE E SOCIEDADE FICA SEM SERVIÇO.

Agentes e escrivães decidem entrar na Operação Parcelamento dos delegados.

Foto: Jadilson Simões/ Equipe JC

O primeiro dia de greve dos policiais civis de Sergipe foi de pouco movimento nas delegacias da capital. Quem buscou atendimento foi orientado a retornar para casa. Confecção de boletins, realização de audiências e visita a presos estão suspensos nas unidades policiais. No Instituto Médico Legal (IML) o serviço de exame de corpo delito foi prejudicado. O Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol) garantiu que há apenas 30% do efetivo em serviço. Os agentes e escrivães juntam-se aos delegados que estão realizando a “Operação Parcelamento” desde o último dia 29.

A reportagem do JORNAL DA CIDADE esteve em duas delegacias da capital: a 1ª DM, localizada no Conjunto Leite Neto, zona Sul da capital; e a 2ª DM, no Centro de Aracaju. Na 1ª DM, as pessoas que procuraram os serviços foram orientadas sobre a paralisação. “As pessoas que estão vindo estamos informando sobre a situação. Pedimos a compreensão de todos. Sei que as pessoas que vêm até uma delegacia é porque necessitam, saem de casa, gastam tempo e dinheiro com o deslocamento, mas infelizmente devem compreender que a culpa não é nossa. Estamos apenas exigindo nossos direitos”, disse a delegada Maria Zulnaria. 

“Vim prestar uma queixa... mas cheguei disseram que não iam fazer porque estão em greve. Eu acho que tem que fazer greve mesmo, mas sempre acaba sobrando para quem? Para nós, não é?”, questionou o autônomo Luiz Gama, ao deixar a 2ª DM, que não sabia da paralisação dos policiais. Ele esteve na unidade policial para fazer um boletim de ocorrência contra uma ameaça de morte que sofreu no final de semana. 

Os servidores da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), ligados ao Instituto Médico Legal, Instituto de Identificação, Instituto de Criminalística e Instituto de Análise e Pesquisas Forenses, também pararam suas atividades. No IML, algumas pessoas aguardaram por horas o atendimento. “Eu já estou aqui tem mais de uma hora, mas vou aguardar para ver se vão me atender”, disse uma manicure, que pediu o anonimato.

Instituto de Identificação

E para quem for precisar dos serviços de Instituto de Identificação, o Sinpol alerta que o órgão não abrirá nesta terça-feira. No primeiro dia de greve a paralisação no Instituto foi parcial, já que contou com o trabalho de funcionários de cargos comissionados. “Vamos parar tudo. Avisamos a população que não deixem suas casas para vir ao Instituto de Identificação porque as portas estarão fechadas”, alertou.

Segundo o presidente do Sinpol, João Alexandre, estão sendo mantidos os 30% do efetivo e os serviços de lavratura de flagrante, lavratura de apreensão de adolescente e expedição de guias para exames periciais. Os policiais civis de Sergipe cobram do Governo do Estado, o imediato cumprimento dos acordos feitos com os servidores, do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) para os servidores aderentes da Cogerp e definição do índice de reposição anual inflacionária linear 2015, além do pagamento integral dos salários.

“Queremos o cumprimento dos acordos do ano passado, como também pontualidade e integralidade no pagamento dos salários dos servidores policiais civis e da Cogerp. Foi o estopim do início da greve”, disse o presidente do Sinpol. 

SSP

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o atendimento do Instituto de Criminalística, Instituto de Identificação e Instituto Médico Legal (IML) segue normal durante a greve da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) e da Polícia Civil. No IML, a única restrição é para realização das perícias para obtenção do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Seguro DPVAT), que foi suspensa durante a paralisação.
Segundo a SSP, no caso da Polícia Civil as unidades que terão atendimento priorizado são o Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegacias especializadas, como o Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV) e as Delegacias Plantonistas Central e Zona Norte, em Aracaju, além das Plantonistas no interior do Estado.

O atendimento priorizará os casos urgentes, tais como flagrantes, autos de apreensões e de resistência e cumprimento de operações previamente agendadas pela Superintendência da Polícia Civil. A SSP garantiu que diante da redução do quantitativo de servidores públicos poderá haver demora na prestação do serviço, mas que ele será realizado. Quem tiver dificuldades no atendimento que procure a Superintendência da Polícia Civil, situado à Rua Duque de Caxias, S/N, Bairro São José, para ser direcionado para uma delegacia específica.

Fonte:  Jornal da Cidade

Um comentário:

  1. E A PM, PAROU TAMBÉM, OU COMO SEMPRE FICA NA SUBMISSÃO TOTAL??? PENA QUE NÃO SEJA UM MOVIMENTO DO "OIAPOQUE AO CHUI"!!! A "INSEGURANÇA PÚBLICA" JÁ TÁ UMA MERDA COM AS POLÍCIAS AGINDO, IMAGINEM SE PARAREM GERAL??? MAS, SERÁ QUE TEM ALGUMA AUTORIDADE PREOCUPADA COM ISSO??? OU DE VOCÊ OPERADOR DE SEGURANÇA PÚBLICA SÓ QUEREM SEU VOTO???

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