O clima voltou a ficar tenso na 2ª Delegacia Metropolitana de Aracaju, localizada no bairro Getúlio Vargas, no final da manhã desta terça-feira (04). Esse é o terceiro episódio de tumulto no local, nos últimos 20 dias, o que reflete um problema antigo das delegacias e carceragens sergipanas: a superlotação.
O prédio possui seis celas, com capacidade para acomodar quatro presos, no máximo oito; mas algumas chegam a abrigar até 13. No total são 70 presos, todos da Justiça que, por não ter como transferi-los para os presídios, onde também existe a superlotação, acaba deixando o problema para as delegacias.
Assim como no dia 16 de julho, a confusão de hoje começou com a suspensão das visitas por causa da greve da Polícia Civil e da operação Parcelamento, promovida pelos delegados.
Inconformados, os presos quebraram câmeras, jogaram roupas e objetos para fora das celas e ameaçaram o delegado Luciano Cardoso de morte.
O clima foi controlado com a chegada do Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb). Mas, segundo o delegado, o clima do local é de tensão permanente, principalmente nos plantões, realizados por apenas dois agentes de polícia. “Foram três horas de baderna e ameaças, me ameaçaram de morte”, disse Luciano Cardoso.
Para ele, é preciso ter leis mais rígidas e sistema carcerário mais eficiente. “É preciso repensar esse sistema”, desabafou.
Fonte: F5 News (Aline Aragão)
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