terça-feira, 13 de outubro de 2015

ARMADOS, DELEGADOS E PMs TROCAM PROVOCAÇÕES NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO.


Os ânimos estavam exaltados. Os dois lados não economizavam caras feias, vaias e insultos. Apenas uma faixa vermelha os separava.

A dúvida era quem deveria ser chamado caso decidissem partir para a briga, já que a corda instalada no plenário Franco Montoro, na Assembleia Legislativa paulista, separava de um lado os policiais civis e, do outro, os militares. Todos armados.

O motivo da animosidade atende pelo nome de PEC 431, uma proposta de emenda constitucional que tramita no Congresso e que pretende dar à PM poderes semelhantes aos das polícias Civil e Federal, como investigar e levar casos diretamente à Justiça.

Embora seja assunto de competência federal, esse tema está sendo levado por uma comissão da Câmara aos Estados como forma de promover ampla discussão nacional.

São Paulo é a sexta unidade da Federação a receber tal debate e, também, onde está instalada a maior associação de delegados de Polícia Civil do país –que tem pesadelos só em pensar em ceder espaço aos oficiais da PM.

Uma clara demonstração disso estava estacionada do lado de fora da Assembleia pouco depois das 5h desta sexta-feira (9). Um ônibus com mais de 30 delegados da região de Marília (a 435 km de SP) trazia os primeiros participantes civis do evento previsto para começar às 9h.

Queriam os melhores lugares e não tolerariam que a PM tomasse todos os espaços. Não sabiam que a fita seria colocada para que cada grupo tivesse 120 vagas no plenário.

Por volta das 6h30, já eram cerca de cem homens e mulheres de terno – que foram para lá em sete ônibus, quatro microônibus e três vans, além de carros particulares.

Os PMs não demoraram a chegar, alguns com carro oficial e motorista particular.

Policiais militares e civis se trombavam na entrada como se não existissem uns para os outros –não trocavam nem olhares entre si, embora muitos sejam obrigados a trabalhar juntos diariamente.

Às 9h, havia tantos policiais (cerca de mil) que a segurança da Assembleia abriu outros três auditórios com transmissão simultânea para abrigá-los –sempre separando delegados de PMs.

No plenário, o delegado Antonio Assunção de Olim, deputado estadual pelo PP, expôs a posição dos colegas, contrários à ampliação do poder da Polícia Militar.

Fonte:  Policial BR

2 comentários:

  1. Aqui em SE, foi diferente, mas nitidamente percebemos que os delgados tem um medo tremendo de perderem espaço nas investigações.

    Será pq assim eles passariam a ser notados q sua falta n faz tanta falta assim....?

    Na boa... Gostaria de estar enganado e ser convencido por bons argumentos sobre isto.

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  2. verdadeiro
    Polícia única é a solução

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