Nos últimos anos o papel do Estado se inverteu em termos de segurança pública no Pará. A polícia, que era sinônimo de respeito e temor pela bandidagem, hoje não passa de alvo fácil para ações criminosas colocando em risco a vida de toda uma sociedade.
É inquestionável que em especial a Polícia Militar do Estado do Pará sempre foi, sem querer desmerecer as outras coirmãs, muito profissional, disciplinada, humana e eficiente no combate à criminalidade, no entanto vem perdendo terreno no momento em que seus integrantes para sobreviver enveredam pelo caminho da covardia.
É lamentável ver Ministério Público, Corregedoria e as famigeradas ONGs com a insigne de Direitos Humanos tentarem convencer a sociedade que a polícia é truculenta e culpada por tudo que de ruim ocorre no Estado do Pará e segundo as palavras de um veterano policial hoje na reserva essas instituições só servem para denegrir a imagem do policial.
Somente no ano passado a Polícia Militar do Pará perdeu 31 policiais, alguns deles mortos de maneira covarde e cruel e nas palavras desse policial que pediu anonimato, mas que nesta matéria nós vamos chamá-lo de A.
“Nunca vi um desses defensores de Direitos Humanos apoiando a família desses policiais como também não vi ninguém na casa de um pobre que fora roubado ou de uma senhora que fora estuprada”, desabafo o agente da lei.
A. acredita que estes grupos estão conseguindo o que pretendem que é frear os bons policiais que acabam sofrendo perseguição e quem perde com o recuo dos bons policiais acaba sendo o cidadão de bem que se vê a mercê da violência que assola o Estado.
O policial A. com toda a experiência acumulada em 30 anos de serviço na Polícia Militar do Pará afirma que prender bandido hoje é algo que não vale à pena e elenca alguns motivos básicos.
“O policial não ganha por produtividade. Tanto faz ele prender cem bandidos no mês como não prender nenhum o salário que ele recebe é o mesmo”.
Afirma ainda que se o policial prender dez assaltantes ou traficantes por mês serão dez audiências em que ele terá que comparecer ao Tribunal de Justiça da cidade para ser ouvido pelo juiz e isso geralmente acontece na folga do policial, traduzindo a folga acaba sendo de trabalho.
O policial observa que se durante a ocorrência o policial cometer algum excesso, ou alguém se achar ofendido e for à Corregedoria da Polícia Militar o policial vai ter que responder a um processo disciplinar e quem paga o advogado e o policial, ou seja, prender bandido significa ônus financeiro para quem ganha tão pouco.
AFASTADO
Se por algum motivo durante a ocorrência o policial se ferir ou se acidentar, ele será afastado e os custos do tratamento serão todas por conta dele trazendo outro ônus e se durante uma ocorrência o policial matar um bandido, por pior que seja o marginal o policial vai responder a um processo judicial podendo com as novas regras ganhar uma cadeia na pior das expectativas por 12 anos.
É comum encontrarmos em delegacias e seccionais homicidas e traficantes que somam um número expressivo de condenações que chegam assustar, mas que estão em liberdade por conta de uma justiça branda que faz de conta que pune e eles não teme mais a polícia porque ela está de mãos atadas por mecanismos que traduz ao bandido que vale a pena ser criminoso no Pará.
Mas apesar dos percalços a Polícia Militar do Estado do Pará com seus mais de 15 mil integrantes continua heroica apesar da benevolência das leis em relação aos bandidos, apesar da pressão que se instalou no Estado com as instituições de Direitos Humanos, Corregedorias e dos baixos salários recebidos.
Fonte: Diário do Pará
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