Dizer que a violência cresceu em Sergipe já não é mais novidade para ninguém! As notícias vão se repetindo, os registros continuam ocorrendo e, ao que parece, o Estado de Sergipe não possui forças para reagir. Para Politizando não ser injusta, é verdade que o governo investiu em equipamentos, munições, em frota de veículos e até está começando a colocar novos homens nas ruas. Mas o problema vai muito além: apesar de tudo o que já fora feito, pode-se dizer que é insuficiente. À medida que o Estado vai crescendo, que Aracaju vai se popularizando, os instrumentos da segurança pública cada vez se mostram mais ineficazes. A violência bate à porta!
Os arrombamentos de cashes eletrônicos se tornaram comuns, como também os assaltos a ônibus. Os marginais estão estruturados e usam veículos para fazerem rotineiras abordagens a pedestres em vias públicas e em pontos de ônibus. As mulheres (na maioria dos casos) e os taxistas estão sendo vítimas frequentes de sequestros relâmpagos, prédios sem portais também já aparecem nas estatísticas, e até assaltos em frente às delegacias já são registrados. Os bandidos perderam, de vez, o respeito com a autoridade policial. No último final de semana, um soldado da PM foi atacado por seis homens no Inácio Barbosa e conseguiu fugir. Seu carro foi roubado e depois incendiado.
Em plena Rua Itabaiana, na região central da capital e a poucos metros da Secretaria de Segurança Pública, um bandido entrou armado em uma agência de um plano de Saúde. Isso por volta do meio dia. Mesmo com todo movimento, ele conseguiu render as vítimas, conduziu todas para um banheiro e levou bolsas e aparelhos celulares, sem ser identificado. Este é um tipo de registro que acontece a todo instante e em qualquer lugar, independente de ser na periferia ou na zona sul. Estamos inseguros, o quantitativo de policiais nas ruas é escasso e não dá conta dos marginais que agem a todo o momento. Os cidadãos é que ficaram reféns desta realidade.
O secretário Mendonça Prado, por várias vezes já teve seus méritos reconhecidos por Politizando, mas está claro que sua política de segurança, seu “modus operandi” não tem sido eficiente. Ou a estratégia do gestor está equivocada ou as polícias (militar e civil) estão fazendo “corpo mole”. Como este colunista vai acreditar e defender sempre os trabalhadores, está claro que o erro é do comando, do “coração da SSP”. Não precisa ser especialista em segurança para perceber que as coisas não vão bem e que já era hora de se promover algumas mudanças. Talvez no comando da PM, talvez no comando da Polícia Civil ou até mesmo no comando da secretaria. Agora é preciso mudar, oxigenar!
O chato é que Politizando e outros setores da imprensa noticiam, denunciam, apontam falhas e nada acontece! As autoridades parecem não ouvir, demonstram não dar a mínima para as críticas e a violência continua crescendo assustadoramente. Em Itabaiana e região, por exemplo, a política do “acerto de contas” voltou com tudo. O cidadão está em casa, na rua, em um bar ou mercearia e, de repente, é executado. Sem qualquer pudor! É aquela coisa: quando os poderes constituídos não fazem, a própria sociedade, revoltada, decide agir por conta própria, fazendo Justiça com as próprias mãos. Hoje as pessoas, quando prendem um bandido não querem esperar a polícia. Eles mesmos começam a linchar o delinquente. É a prova inconteste de que a população perdeu a confiança na instituição. É bem verdade que as leis brandas demais também contribuem para que essas mazelas se propaguem.
Senadores e deputados federais têm obrigação com o País e precisam rever isso. Não dá para um bandido cometer um crime hoje e, pouco tempo depois, está de volta às ruas porque as penas são brandas ou porque não existem vagas em presídios. Isso dá uma sensação de impunidade tremenda e as vítimas do crime reagem. É difícil controlar isso. Politizando clama para que o governador licenciado Jackson Barreto (PMDB) e o governador em exercício, Belivaldo Chagas (PSB), cheguem a um consenso sobre a realidade da segurança pública de Sergipe e tomem uma providência. Marginal só respeita uma comunidade quando ele encontra a repressão policial. Temos que fortalecer nossas polícias, defender a tropa e valorizá-los. Chega de por a mão na cabeça de bandido! Caso contrário, mais sangue será derramado...
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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