Efetivo é reduzido e policiais aquartelados; militares em todo Piauí agem em protesto
Ten. Cel. Carlos Pinho
Um grande efetivo de policiais militares deflagrou na noite deste sábado (28/11) o movimento Policia Legal. O movimento já conta com a adesão de policiais do 5º BPM, 8º BPM, 9ºBPM, além de batalhões da cidade de Picos, São João do Piauí, Oeiras, Floriano, Piripiri, Campo Maior, Água Branca, São Miguel do Tapuio, Parnaíba, Altos, São Raimundo Nonato, entre outras cidades.
No site da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Piauí, toda documentação necessária para o andamento dos procedimentos durante o movimento já foi disponibilizada.
Durante toda noite nos grupos de policiais no WhatsApp, as mensagens davam conta sobre a adesão de mais policiais ao movimento. Chamadas inclusive do Copom não estariam sendo repassadas para os comandos.
O 180 conversou com o tenente coronel Carlos Pinho, presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado do Piauí. Segundo ele, o movimento pede apenas o cumprimento e a observância das leis no que diz respeito ao serviço do Policial Militar.
“Para tudo que está legal, o policial está saindo para o seu plantão”, afirma, ressaltando que nem mesmo a condição de circulação das viaturas estão em dias, já que muitas seguem com o IPVA vencido.
Ele explica que já foram colocadas na mesa de negociação, de maio para cá, todos os pontos que estão sendo questionados pela categoria. “Queremos uma lei de organização básica, somos a única categoria sem plano de cargos. Estamos em busca da mudança no critério de promoção, uma condução mais justa do processo que hoje é de escolha baseada no apadrinhamento político, algo que não agrega”, afirmou, por telefone.
Carlos Pinho diz que os militares defendem ainda uma revisão da jornada de trabalho. “Somos os últimos escravos do século 21 pleiteando sua liberdade. Estamos reféns dos gestores que querem submeter o policial ao abandono, principalmente no interior. Estamos vendo policiais sendo mortos para salvar a vida do filho do governador. Tudo vem nos causando indignação extrema”.
O presidente da Amepi comemorou ainda a adesão maciça do movimento de norte a sul do Estado, e alertou para que a população se mantenha em estado de alerta. “É importante a comunidade saber que o interesse do policial é cumprir com seu papel, mas que para isso sejam atendidos com seus direitos. Com esse movimento o cidadão fica vulnerabilizado, e é importante que nesse momento o cidadão de bem redobre seus cuidados e evite se expor, pois não existe estrutura policial”.
Fonte: 180graus.com
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