Segundo o comandante do Núcleo Central de Psicologia da Polícia Militar (PM), tenente-coronel Fernando Derenusson, em 2014, 9.321 policiais precisaram de auxílio psicológico, o que representou um aumento de 2.301 atendimentos em relação a 2013. Atualmente, a PM também conta com 718 agentes licenciados para tratamentos psiquiátricos. "Percebemos uma grande demanda no setor de psicologia. Acredito que seja necessário tornar obrigatório o apoio desses especialistas aos policiais que sofreram algum tipo de agressão", afirmou o tenente-coronel. As informações foram repassadas durante reunião, nesta quarta-feira (02/12), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) destinada a apurar as causas do grande número de mortes e incapacitações de profissionais de segurança pública.
O presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PSol), defendeu a reformulação da política de segurança pública. "Além do grande número de mortes de policiais, a PM do Rio tem muitos trabalhadores que sofrem distúrbios mentais. A pressão sobre esses agentes é enorme e fruto de uma política centrada na guerra e na morte", declarou o deputado.
Segundo o chefe da Diretoria de Assistência Social (DAS) da PM, coronel Jorge Ricardo da Silva, a instituição presta atendimento social às famílias e aos policiais vitimados. A DAS também dispõe de transporte gratuito para levar os agentes aos hospitais e presta assessoria jurídica aos policiais que sofreram agressões.
Durante a reunião, a cúpula da PM também anunciou a criação de uma nova sede para o Centro de Perícia da Saúde, previsto para ser instalado no Campo dos Afonsos, na Zona Oeste do Rio. Atualmente, a perícia é localizada em uma parte do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM).
Fonte: SOSPMERJ
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