Já vivemos sob uma espécie de guerra civil! E não adianta o “governista de plantão” torcer o nariz para tal constatação de Politizando, porque a realidade está posta para todos nós, basta a gente sair de casa, percorrer ruas e avenidas, e vai se conscientizar sobre esta situação. É evidente que temos instalada no País uma irresponsável crise política, onde o Partido dos Trabalhadores trava uma disputa de Poder com o PMDB, numa disputa suja, maléfica e coberta por “lama”. Temos em Brasília (DF) a política do “é dando que recebe”, “é perdoando que será perdoado” e assim vai...bilhões de recursos públicos, que deveriam amenizar o sofrimento dos mais pobres, dos mais carentes, servem de “moeda de troca” por apoio político.
O Bolsa Família, por exemplo, tem uma importância social sem tamanho, mas, como tudo nesse País, ele perdeu sua finalidade e hoje serve de “esmola” para que o PT arregimente parte de sua militância quando necessário. O que deveria ser uma política nacional de assistência, virou “trunfo eleitoral”. Estamos diante do governo mais corrupto da história do Brasil, e olhe que nos tempos do PSDB a corrupção já era “cantada em verso e prosa”. Ao que parece, o PT foi com “muita sede ao pote” e findou se lambuzando. Hoje em dia, não desviar recursos públicos no Congresso Nacional ou no governo federal, que deveria ser uma regra, passou a ser uma exceção. Vivemos num País sem perspectivas, sem alternativas. Eis que surgem alguns focos, oportunistas em certos casos, defendendo o impeachment da presidente.
Para evitar o pior, os governistas trataram logo de combater o ataque feroz da oposição com a expressão “golpe”. Politizando, por vezes, já pontuou que “golpe” levamos todos nós brasileiros, vítimas de um governo corrupto e corruptor, que não tem autonomia e nem autoridade para se impor e que compra descaradamente apoios políticos, numa espécie de “troca-troca” de cargos públicos. O pedido de impeachment nunca foi e nem nunca será um “golpe”, mas sim um instrumento constitucional que serve para destituir do Poder aqueles gestores públicos que lesam a Pátria. Enquanto Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Cunha (PMDB) – leia Michel Temer (PMDB) – travam uma disputa política, o descontrole do governo gerou as “pedaladas fiscais” e, desde então, a economia do País jamais se acertou.
O dólar atingiu percentuais que jamais foram vistos, a inflação está nas alturas, o preço dos combustíveis sobe, praticamente, todas as semanas, as taxas de juros são absurdas e atingimos o grau alto de “recessão”, sem contar que estamos perdendo o crédito internacional de “bom investidor”. E se a crise econômica combina com recessão, essa “mistura” resulta em desempregos. Segundo informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, em 12 meses, foram perdidas 1,527 milhão de vagas com carteira assinada. Em síntese, bastou Dilma conseguir a reeleição em 2014 para a “máscara” cair e realidade vir a tona. E com tantos pais de família desempregados, sem perspectiva para o País, a conta é simples: passamos a ter mais violência nas ruas.
Essa é uma triste constatação sobre o País em que vivemos. Sergipe, por exemplo, virou uma espécie de “guerra civil”, onde o mercado da droga chegou, ocupou seu espaço e dominou tudo. Nem os institutos de Segurança Pública estão conseguindo conter o avanço delas e, sobretudo, as suas consequências. Muitas vidas de jovens, adolescentes, homem e mulheres estão sendo ceifadas por conta das drogas. Nosso Estado, inclusive, sequer tem uma política constante de combate. Estamos entregues às baratas! Vivemos trancados em empregos, casas e apartamentos. Restringiram nossa liberdade. Somos reféns da violência! O difícil é ficar omisso diante desta realidade. Ir para as ruas defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é golpe! Talvez seja a busca por uma saída que, a cada dia, está ficando cada vez mais distante...
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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