Representantes de todas as classes do serviço público ocupam bancada da AL (Foto: Portal Infonet)
O Projeto de Lei 116/2015 do governo do Estado, que trata sobre o empréstimo e parcelamento do 13º salário de todas as classes de trabalhadores do serviço público, foi alvo de protestos na tarde desta segunda, 14. Representantes de sindicatos dos servidores ocuparam a bancada da Assembleia Legislativa para pedir aos deputados que não aprovem o projeto. “Da forma como está o projeto é a legalização de um calote do governo contra o servidor público estadual porque não temos garantia alguma que será pago o 13º em 2015”, dispara o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Roberto Silva. O projeto foi discutido , mas não entrou em votação nessa segunda, ficando para ser apreciado pelos parlamentares nesta terça, 15.
“O servidor pode tomar um calote de não receber o décimo e um segundo calote de pagar juros sob uma dívida que não deveria ser dele”, afirma. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araújo, a falta de diálogo do governador Jackson Barreto com a classe de trabalhadores é inerente com todos os problemas.
“Porque que o governo não faz esse empréstimo e ele mesmo repassa para o servidor? Quem garante que esse compromisso que o governo diz estar assumindo, vai ser cumprido? E os que já anteciparam a segunda parcela do décimo, como vai ficar essa situação? São respostas que o governo não vem a público esclarecer. Simplesmente joga o projeto na AL porque sabe que tem maioria”, diz. O Sintrase representa cerca de 12 mil servidores entre administração direta, indireta de quatro empresas públicas: Cehop, Emsetur, Pronese e Codise.
O vice-presidente do Sindifisco, José Alberto Garcez, fala sobre sua indignação com o governo do Estado e diz que esse é o momento dos parlamentares mostrarem se estão, ou não, do lado dos seus eleitores. “É uma falta de respeito com os servidores o que o governo está fazendo. Viemos aqui para protestar e ver qual é a atitude dos deputados que representa a população que os elegeu. A gente espera que não fiquem dizendo amém para tudo que o governo manda. Queremos ver qual posicionamento deles”, afirma.
Ao que tudo indica, somente os servidores da Educação é que receberão a segunda parcela do décimo na íntegra até o próximo dia 20. Pagamento esse, que será feito com recursos do Fundo Nacional da Educação (Fundeb). “No caso da Educação, nós temos um estudo demonstrando que temos dinheiro para garantir o pagamento do décimo, como manda a lei. Mas, estamos acionando a assessoria jurídica para entrar com uma ação que garanta esse pagamento”, informa Roberto Silva.
Fonte: Infonet (Moema Lopes)
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