A redação do FAXAJU recebeu neste sábado, uma nota que teria sido escrita por um major da PM e que segundo o e-mail, “essa visão é de um major da PM, por óbvio não se identifica”.
Nas explicações o oficial diz que o jornalista “Munir Darrage se superou fazendo análise de perfil de quatro coronéis em artigo por ele publicado no site de notícias Faxaju: Na análise de perfil o jornalista demonstra desconhecimento do histórico profissional dos oficiais citados”.
Veja a visão que o major tem dos coronéis:
A “mudança” de comando da PM
Muito se tem especulado acerca da “provável” saída do Coronel Iunes do cargo de Comandante Geral da PMSE. Contudo, após a notícia de crise de relacionamento entre o Secretário de Segurança e o Comandante da PM, o governador já conversou com os dois, em separado, sem qualquer manifestação do governador, do secretário ou do comandante.
A partir dai vários cenários já foram especulados na imprensa e nas redes sociais, dando conta da saída do Comandante, a saída do secretário ou a saída de ambos.
Contudo, na arte de especular, o jornalista Munir Darrage se superou fazendo análise de perfil de quatro coronéis em artigo por ele publicado no site de notícias Faxaju:
Na análise de perfil o jornalista demonstra desconhecimento do histórico profissional dos oficiais citados.
O período de comando do coronel Iunes foi de muito crescimento para a PM, com definições importantes na esfera administrativa e operacional, bem como com importantes conquistas para os policiais.
A desenvoltura do Comandante Iunes está relacionada ao seu histórico profissional ligado à atividade operacional da PM, com longa passagem pelo Comando de Operações Especiais, Comando do Policiamento da Capital e, por fim, no próprio Comando Geral.
Tal conhecimento da parte operacional, aliada a uma boa desenvoltura da gestão administrativa, permitiu ao Comandante Iunes melhorar significativamente o resultado do trabalho da PM, que mesmo sofrendo aguda redução em seu efetivo, conservou o desempenho operacional de controle da criminalidade.
Agora, no momento que se discute sucessores para o atual comandante, importante conhecer o histórico profissional dos coronéis.
O Coronel Jackson, atual Subcomandante da PM, foi Comandante do Policiamento da Capital, comandante de batalhões da capital e do interior (entre eles os de Itabaiana e Lagarto no interior, e o 1º Batalhão da Capital quando Iunes era o Comandante da Capital), foi chefe da Seção de Inteligência. Além disso, é o coronel mais antigo da PM depois de Iunes (o que não obriga a aposentação compulsória de nenhum outro coronel). Tem boa aceitação entre o oficialato e praças, mas é tido também como muito duro no trato interno.
Logo após vem o coronel Daltro, que passou por funções importantes na PM, mas sempre de menos visibilidade, como Corregedoria, Ajudancia, Diretoria de Ensino, e foi comandante do 5º BPM da capital. Contudo, em todas sem nenhum destaque especial. Não tem boa liderança e é tido como de difícil relacionamento e sem expressividade pelos oficiais e praças.
Em seguida vem a Coronel Cristina, que foi promovida ao atual posto por medida judicial. Em toda a sua carreira deve ter trabalhado na PM por cerca de dois anos, o restante da carreira ficou cedida à Assembleia Legislativa. Não tem liderança e expressividade que justifiquem a cogitação de assumir o comando da PM.
Coronel Paulo, trabalhou até capitão em unidades operacionais, orbitando entre a CPRv e CPTran (última unidade operacional que comandou quando ainda Capitão), depois ficou cerca de 10 anos cedido à Camara Municipal de Aracaju, de onde só voltou para “disputar a promoção a coronel”. Esteve por breve período no 1º BPM e depois ficou algum tempo no CFAP (quando a unidade escola estava ociosa). Além disso, foi Diretor de Ensino. Não teve expressividade em tais funções, não tem liderança nem boa aceitação entre oficiais e praças.
Coronel Marcony, trabalhou no interior e capital até capitão e foi comandante da CPRv, já Major e Tenente Coronel foi Comandante de Batalhões no interior, entre eles Itabaiana e Lagarto, comandante do CFAP e chefe de gabinete do comando geral (na gestão do Comandante Resende). Por fim, foi Ajudante Geral, Comandante do Policiamento do Interior e Diretor do PRESMIL. É tido como reservado no trato pessoal.
Coronel Pontual, trabalhou em unidades operacionais até capitão e depois como auxiliar do Comando da capital. Depois ficou cerca de 10 anos cedido à Prefeitura Municipal de Socorro, quando voltou foi diretor do PRESMIL e Diretor de Pessoal da PM. É tido como de difícil relacionamento com oficiais e praças. Por conta de lei específica será aposentado compulsoriamente no mês de novembro deste ano.
Coronel Julio Cesar, trabalhou na cavalaria até capitão e depois foi cedido para a UFS, onde passou mais de 10 anos sem nenhuma função na área de segurança pública (nesse período fez mestrado e doutorado em física). Após retornar para a PM, foi comandante do CFAP (quando a unidade escola estava ociosa) e Diretor de Ensino (embora tenha doutorado, pouco ou nada fez pelo ensino na PM). Atualmente é Ouvidor Geral, uma função sem qualquer expressividade. É tido pelos oficiais e praças como uma figura exótica, sem qualquer liderança. Não tem experiência operacional na PM.
Coronel Luiz, trabalhou até Tenente coronel com Albano Franco (08 anos quando governador e mais 08 à disposição da segurança do ex-governador). Ao terminar o período cedido, passou mais 02 anos no Tribunal de Contas. Voltou para a PM no comando de Iunes, quando foi chefe de gabinete de Iunes e depois de promovido a coronel foi comandante do policiamento do interior e agora do comando da capital. É visto com desconfiança pelos oficiais e praças por conta do histórico longe do trabalho operacional da PM. Por conta de lei específica será aposentado compulsoriamente no mês de julho deste ano.
Coronel Lúcio, trabalhou em várias unidades operacionais e na assessoria do comando Geral (no comando dos coronéis Jaime e Alcantara), sendo comandante da CPRv, comandante de batalhões na capital e no interior, foi Chefe do Estado Maior do Comando da Capital e do comando do Interior, trabalhou nas Diretorias de Logística e atualmente é o diretor de finanças da PM. Tem boa liderança e é visto com bons olhos pelos oficiais e praças.
Coronel Rocha, trabalhou em varias unidades operacionais da capital/interior até o posto de Capitão. Foi diretor da Guarda municipal de Aracaju (no 1º mandato de Deda). Depois trabalhou no batalhão de choque, fez mestrado em direitos humanos e foi Secretário Adjunto de Justiça (no 1º mandato do Gov Deda). Depois foi coordenador de medidas socioeducativas (na gestão da deputada Ana Lucia na Secretaria de Inclusão Social). Quando retornou à PM foi comandante de batalhões na capital e interior (Socorro 5º BPM e Estância 6º BPM). Atualmente é chefe de inteligência da PM. Tem bom relacionamento entre oficiais e praças.
Coronel Blauner. Está afastado (férias e licenças) e será aposentado compulsoriamente por lei específica no mês de julho deste ano.
Coronel Rita. É a atual corregedora, tendo sido antes diretor de logística e passou por diversas unidades da Corporação. Tem transito fácil entre oficiais e praças.
Dispositivo em lei determina que os coronéis que já foram Comandante Geral ou Subcomandantes são compulsoriamente aposentados ao serem exonerados das respectivas funções. Outro dispositivo determina que os coronéis mais antigos que o comandante geral ou subcomandante são compulsoriamente aposentados quando um mais moderno assume o comando. Em ambos os casos é necessário tempo mínimo de 25 anos de serviço.
Qualquer coronel pode ser comandante geral, pois reúne os requisitos legais necessários. Já a aptidão para o cargo é determinada pela capacidade gerencial adquirida com a experiência na gestão de unidades operacionais e administrativas da PM ao longo da carreira. Além disso, liderança e fácil relacionamento com a tropa (oficiais e praças) são fundamentais para o desempenho no cargo.
Fonte: Faxaju
Nota do blog: Mais uma vez o Faxaju e o jornalista Munir Darrage mostram o que é um jornalismo sério e competente, por publicar o presente texto de um suposto "Major" (o que não acreditamos), que de forma covarde escreve um texto apócrifo, omitindo sua real identidade, querendo desmerecer o citado jornalista e a sua credibilidade. Até entenderíamos omitir o nome se fosse uma denúncia ou um texto que pudesse ensejar uma possível censura à corporação, face ao militarismo que tolhe a liberdade de expressão da classe militar, mas publicar um texto que não se enquadra nos casos que citamos e não assinar, não tem outra denominação a não ser covardia em assumir o que escreveu. Ainda bem que os militares nos grupos do WhatsApp têm se manifestado solidários ao jornalista Munir Darrage e ao Faxaju, que sempre demonstram o compromisso com um jornalismo correto e competente, sem contar que estão sempre ao lado dos militares sergipanos, denunciando as mazelas que porventura ocorram e que afetam a classe militar tão sofrida.
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