Ultimo dia de um ano que não existiu. Um ano para esquecer, depois de um pesadelo que deixa sequelas. Apesar do brasileiro se esforçar para manter a perda de memória, não há como esquecer o sufoco com a crise econômica que reduziu o poder de compra, provocou a inflação e expôs falta de projeto para manter o crescimento falsamente anunciado pelo Governo Federal, como marketing para a reeleição de Dilma Rousseff.
Parece acusação de setores da oposição, mas não é. Com a economia débil, anêmica e dando sinais de depressão, o Estado entrou em regime pré-falimentar e todas as tentativas de recuperação foram inúteis em razão da incompetência do Governo para enfrentar desafios provocados por uma ação de corruptos que se infiltraram no Planalto, através de legendas que integram a coalizão, inclusive o PT.
Entregar a Presidência da Petrobras a partidos políticos, com poderes para avançar os limites primordiais da decência e dignidade, é, de alguma forma, compactuar com a corrupção, exposta através da Operação Lava Jato, que penetrou nas entranhas da roubalheira no País e pôs a nu políticos do mais alto escalão da República, além de empresários que financiavam silenciosos o funcionamento da “cosa nostra”.
A presidente Dilma e parte do seu staff perderam a popularidade, a credibilidade e força junto ao eleitorado de uma sigla que abominou o medo em busca da esperança e promoveu o desenvolvimento através do enriquecimento ilícito de uma quadrilha que se implantou no poder, vendendo a utopia da ascensão dos pobres e a igualdade social.
Viver 2016 pode ser uma nova aventura, mas com certeza, pior não pode ficar. Nem para o trabalhador, que perdeu direitos, e nem para o servidor que teve salários atrasados. Mas é bom ficar atento e forte, afinal muita podridão ainda está por vir.
Fonte: Faxaju (coluna Plenário do jornalista Diógenes Brayner)
Nenhum comentário:
Postar um comentário