Bombeiro dá dicas de segurança para os banhistas
Capitão Caldas revela os principais cuidados que as pessoas tem que ter nas praias (Foto: Portal Infonet)
Nos períodos de calor e férias, o número de pessoas que vão às praias cresce consideravelmente. Para ter um dia tranquilo e levar a família para se divertir são necessários alguns cuidados. Quem dá todas as dicas é o capitão Márcio Caldas, subcomandante do 4ª Grupamento Marítimo de Aracaju.
A primeira medida para garantir a tranquilidade é observar a presença de guarda-vidas e as condições do local. “A pessoa deve verificar se tem um guarda-vidas no local para saber se ali é seguro. Caso não haja, cautelosamente, a pessoa pode entrar na água e verificar se o mar tem uma variação muito grande de profundidade. Se estiver tudo bem, as crianças podem ficar próximas dessa área, mas nunca perdidas de vista, pois há o risco de se distanciarem da família ou entrarem na água e se afogar”, explica o capitão.
Ainda de acordo com o Capitão Caldas, alguns fatores indicam se o mar está perigoso. “Aquele local onde as ondas não quebram, que as pessoas costumam chamar de piscina, é propício a afogamentos, pois tem profundidade. Quando as ondas quebram e tem aquele espuma branca significa que o local está raso. As pessoas têm quer se atentar isso e também observar a presença de placas de perigo”, detalha.
Também não é recomendado entrar no mar após consumir bebidas alcoolicas e alimentos, pois a pessoa pode ter um mal estar e se afogar. Se entrar, a água não deve ultrapassar a altura da cintura, porque se houver uma corrente de retorno, a pessoa pode não ter forças para se equilibrar.
Correntes
O capitão Caldas explica que existem dois tipos de correntes na praia. As correntes de retorno que levam a pessoa para o alto mar e as correntes paralelas (valões), que levam o banhista até a corrente de retorno. “Aqui em Sergipe, os afogamentos são nesses valões, que são formados pela onda, que retira a areia, cavando profundidade, propiciando maior fluxo da corrente de retorno, levando a pessoa para dentro do mar. E na maioria dos casos aqui isso acontece nas margens”, conta.
A orientação para o banhista é nunca nadar contra a correnteza, e sim na diagonal em direção a areia. Há também a opção de esperar a corrente de retorno cessar e nada de forma perpendicular a ela, quando fica mais fácil nadar até a praia.
Embarcações
Em qualquer embarcação, os passageiros devem pedir orientações sobre colocar o colete salva vidas. O ideal é já vestir o colete assim que entrar na embarcação. Nas áreas com moto náuticas, a pessoa também deve se informar quanto ao melhor local para banho, que deve ser longe das embarcações e das correntezas.
Acidentes com animais marinhos
Em casos de acidentes com caravelas e águas-vivas, deve-se evitar retirar os tentáculos do animal da pele. “Retirar os tentáculos pode quebrar a estrutura frágil das caravela e águas-vivas e aumentar a área lesionada, liberando mais toxinas e provocando maior ardência e urticária”, explica o Capitão Caldas.
Até a chegada do socorro médico, a pessoa deve usar vinagre e água salgada. “Esta é a melhor forma de diminuir a dor até a chegar ao ambiente hospitalar para a retirada correta dos tentáculos. Nunca use água doce, porque ela quebra de forma qúimica as bolsas dos tentáculos, liberando mais toxinas e lesionando a pele”, alerta.
Ocorrências em Sergipe
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros de Sergipe, em 2015, foram registrados 241 princípios de afogamentos, dos quais quatro foram a óbito. Desde total de casos, um ocorreu na Coroa do Meio, dois na região dos Arcos da Praia da Atalaia e um no Mosqueiro. 70% destas ocorrências foram mês de janeiro e no período de outubro a dezembro de 2015.
Os dados também revelam que em 2015, os Bombeiros fizeram 28 resgates de afogamentos e registraram 60 casos de crianças perdidas.
Fonte: Infonet (Verlane Estácio)
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