Coronel Fátima Cristina Dias Arnaldo
Na semana passada, um suposto major da Policia Militar enviou um e-mail à redação do FAXAJU, onde no texto afirma que o jornalista do site faz especulações e que não tem conhecimento sobre a PM. Além disso, ele faz um balanço, do que entende ser a “verdade” na PM.
Na noite desta quarta-feira (03), a Coronel QOPM Fátima Cristina Dias Arnaldo, que ao contrário do suposto major que se escondeu no anonimato, enviou uma nota onde explica e conta a verdade sobre aquilo que foi distorcido pelo major.
Veja o que diz a coronel:
Porque o autor do e-mail não se identifica? Do que ele tem medo? É fácil se beneficiar do anonimato para achincalhar a minha pessoa, pretendendo com isso evidenciar supostos feitos de outros. Mostra, que tal pessoa não possui caráter e desta forma sua opinião não deve ser levada em consideração. O anonimato é uma arma daqueles que não tem coragem para se expor como eu tenho. Pois, entrei na justiça já que este é o meio utilizado pelos civilizados para fazer valer a lei e a minha promoção foi referendada pelo STF com um parecer belíssimo da procuradoria geral da república e relatório do Ministro Dias Toffoli (ARE 868181).
Mentir é arte dos que não possuem argumentos, comandei e formei a primeira turma de soldados femininos da PMSE. Passei alguns anos na Alese mas, não por minha iniciativa e sim pelo comando da época que queria dar o comando do pelotão feminino para outra oficial. Motivo este que fez com que eu sentisse na pele o que é ser perseguida.
Formada em direito pela UFS fui a primeira colocada de aspirantes de 1992,constituída de 11 aspirantes, e a outra mulher presente a décima primeira. Procurei sempre me aperfeiçoar e quando voltei da assembléia, sob comando do Coronel Péricles, tive a oportunidade de trabalhar na sexta seção da PMSE. Busquei inovar utilizando-se de ferramentas gerenciais pois, fiz uma pós-graduação na área de gestão e entendi que um bom gestor é aquele que junto com os seus colaboradores busca empreender mecanismos que possam rastrear e mensurar os resultados pretendidos.
Para se determinar a qualidade de um trabalho realizado é necessário que se criem mecanismos avaliatórios que não existem na Policia Militar do Estado de Sergipe. O fato de estar no quartel, comandar um batalhão ou dirigir uma seção do estado maior não significa que tais pessoas possuem melhor qualificação do que outras, além de que tais funções são de escolha do comandante geral. Se durante um jornada de trabalho não se pode mensurar a qualidade da produtividade desenvolvida por certo militar é praticamente impossível saber aquele que possui maiores qualificações de acordo com os serviços prestados.
O que está em jogo não é a minha vaidade ou de nenhum outro oficial que queira o comando para o poder mas, sim para que junto com o estado maior este forme uma força tarefa contra a atual situação que assola o nosso estado.
O futuro comandante deve mostrar que a violência pode ser combatida através da prevenção que é o papel da PMSE. A ostensividade e a prevenção servem para coibir atos delituosos e isto só é possível quando a criminalidade for vencida através da troca de lugares entre o cidadão e aqueles que praticam a violência. Pois, na atual conjuntura o cidadão encontra-se encurralado e desprotegido quando o contrário deveria estar acontecendo.Solicito que a pessoa que me ofendeu se revele, e não se acovarde!
Coronel QOPM Fátima Cristina Dias Arnaldo
Fonte: Faxaju
Nota do blog: Parabéns a Coronel Cristina pelo excelente texto, uma mulher que honra e dignifica a Polícia Militar do Estado de Sergipe, pela sua postura correta e verdadeira.
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