Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta quarta-feira (30) aponta que 69% dos brasileiros avaliam o governo da presidente Dilma Rousseff como ruim ou péssimo.
A pesquisa apontou que 10% avaliam o governo como ótimo ou bom e 19% acham que ele é regular. Entre os ouvidos, 1% não soube ou não respondeu.
Foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios. O grau de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento começou a ser feito em 17 de março --um dia após o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, divulgar os áudios de conversas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a posse do petista como ministro da Casa Civil, interpretadas pelo magistrado como indícios de que os dois tentavam obstruir investigações da Justiça-- e terminou três dias depois, no dia 20.
Os números são parecidos com a última pesquisa Ibope encomendada pela CNI, de dezembro do ano passado, que apontou que 9% dos brasileiros consideravam o governo ótimo ou bom, 70% disseram que era ruim ou péssimo e 20% o indicaram como regular.
Segundo o Ibope, a soma dos percentuais pode não igualar 100% por causa dos arredondamentos.
Confiança em Dilma
Entre os ouvidos, 80% afirmaram não confiar na presidente (na pesquisa de dezembro eram 78%). O percentual de pessoas que disseram confiar em Dilma (18%) é idêntico ao do último levantamento. Outros 2% não souberam ou não responderam.
Aprovação à maneira de governar
O Ibope também perguntou se o entrevistado aprovava ou não a maneira de Dilma governar: 82% disseram desaprovar e 14% afirmaram aprovar, percentuais idênticos aos da pesquisa de dezembro.
Posição da CNI sobre o impeachment
Contratante da pesquisa, a CNI não se posicionou sobre o impeachment, mas o presidente da entidade, Robson Andrade, disse na terça-feira (29), que Dilma Rousseff perdeu a "legitimidade" para conduzir as reformas que o país precisa para sair da crise.
Andrade diz que a CNI vai respeitar as decisões que forem tomadas pelo Congresso e pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A preocupação da confederação, segundo o presidente, é com o dia seguinte ao impeachment, se ele de fato ocorrer. "Temos que construir projetos e propostas para o País sair da crise. Vamos ter que construir com quem estiver no poder", afirmou.
Fonte: UOL
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