Renato S. Cerqueira/Futura Press - 17.03.16
Um grupo de manifestantes pretende acampar na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. No início da manhã desta quinta-feira (17), o grupo somava cerca de 50 pessoas. Entretanto, ao longo do dia, o protesto foi crescendo. Na parte da tarde, centenas de pessoas ocupavam os dois sentidos da via.
Entre os que dizem que participarão da vigília está a instrumentadora cirúrgica Andrea Basílio, de 51 anos. “[Só vou embora] a hora que ela [Dilma] sair”, garante. Andrea acredita ser importante participar do protesto, ainda que possa ser prejudicada no trabalho. “Vale a pena."
Os protestos contra o governo estão concentrados desde a noite de quarta-feira (16) em frente a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade apoia os atos contra o governo e exibe uma faixa luminosa pedindo a renúncia da presidente.
Muitos manifestantes carregam bandeiras do Brasil e alguns vestem camisas da seleção brasileira. Além de gritarem palavras de ordem, os participantes fazem barulho com apitos e cornetas.
Na manhã desta quinta-feira, alguns manifestantes eram remanescentes do protesto de quarta, como o estudante de engenharia e microempresário Anderson Rocha, de 26 anos. Para ele, Lula se tornou ministro para dificultar as investigações da Operação Lava Jato. O jovem disse ter ido à avenida tão logo soube que o ex-presidente assumiu o cargo.
A Polícia Militar tentou negociar por diversas vezes com o grupo para que ao menos as faixas exclusivas de ônibus fossem liberadas. Os manifestantes se negaram e chegaram a hostilizar o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que esteve no local para tentar negociar uma saída para o impasse.
Porém, ao contrário do procedimento adotado pela polícia em outras manifestações, não foi tomada nenhuma ação para desobstruir a via. Com o bloqueio, o trânsito está interrompido nos dois quarteirões adjacentes ao local do protesto.
Fonte: IG/Último Segundo
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