Fotos: Divulgação
Em carta endereçada aos seus soldados, o coronel chama o governo de delinquente e demonstra estar em conflito ético por conta da altamente rejeitada presidente Dilma.
O coronel catarinense Adilson Moreira, do comando da Força Nacional, pediu demissão de seu posto na quarta-feira (30), deixando uma carta aberta que causou reboliço nas redes sociais.
Na correspondência enviada aos seus ex-comandados, ele explica que se afastou do cargo por motivos morais, afirmando não poder estar sob o comando do governo petista, que classificou como ‘delinquente’. Também disse ter apoio de amigos e familiares.
Alocado no posto há apenas 45 dias, Moreira deveria comandar até o final das Olimpíadas. Ele não é o primeiro a deixar o cargo: Dois outros coronéis que o sucederam também pediram demissão em um intervalo de tempo menor do que um ano.
Em um trecho da carta ele afirma, se referindo à Dilma Rousseff (PT) que "(ela) não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo".
Dilma nunca esteve tão próxima de um impeachment e tal atitude preocupa o Palácio do Planalto. Elementos criminosos ligados ao PT já afirmaram que desejam paz, mas não fugiriam de uma guerra, deixando em aberto duas perguntas: eles apelariam para Exército Brasileiro que tanto desprestigiaram ou aos seus comparsas do MST? E, em caso de uma guerrilha entre o MST e o povo brasileiro, o Exército continuaria fingindo não ver nada?
A carta foi divulgada pelo jornal O Globo e pode ser lida abaixo na íntegra:
“Caros TCs da FN,
Desejo lhes informar, que na data do dia 21Mar16, após reunião com a secretária e seu chefe de gabinete, solicitei a ela que me exonerasse do cargo no prazo máximo de 15 dias.
Como os senhores depositaram suas confianças em mim, solicitando minha permanência, nada mais justo do que lhes informar a minha decisão de não mais permanecer na FN.
Caríssimos, a única motivação que me prendia na FN era o desejo de não produzir nenhuma “solução de continuidade dos trabalhos”, sendo um facilitador das suas aspirações e assim mantive meu compromisso.
Fui a Santa Catarina em meados/fim de janeiro e solicitei a minha família a autorização para permanecer na FN até o fim dos Jogos Olímpicos e os convenci disso. Também informei ao meu amigo Nazareno de tal intenção, pois foi ele quem me trouxe para cá.
Somente aí aceitei o convite da secretária. No entanto, faço registrar, que o “conflito ético” de servir a um governo federal com tamanha complexidade política sempre me inquietou.
Agora em março não foi mais possível manter o foco na área técnica somente.
Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram.
A nossa administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo. Como o compromisso era de não causar solução de continuidade, solicitei para a secretária apontar em alguns dias um substituto.
Desse modo manterei nossa programação, sem “sobressaltos”.
Óbvio que passei por cima de algumas incoerências ao longo da caminhada aqui na FN, mas isso tudo fica no campo da experiência profissional. Entendo que nossos cronogramas estão muito ajustados e como tudo foi muito “socializado”, em termos de planejamento e execução, tenho a convicção de que tudo caminhe normalmente sem minha presença e com um novo Diretor.
O que posso dizer: MUITO, MUITO OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE".
O Governo Federal, que alardeia República e Democracia enquanto se porta de forma totalitária, instaurou inquérito administrativo através do Ministério da Justiça para apurar a ‘responsabilidade’ do coronel por ter citado o nome de Dilma.
É mesmo irônico alguém que nega acusações sobre Crimes de Responsabilidade querer condenar alguém por ter responsabilidade sobre algo.
Fonte: Blumenews
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