quarta-feira, 4 de maio de 2016

POLÍCIA FEDERAL: FALTA DE INFORMAÇÃO DO WHATSAPP TRAVA INQUÉRITO.

Polícia Federal depende de WhatsApp para chegar a traficantes

Polícia Federal depnede de WhatsApp para concluir investigação (Foto: Arquivo Portal Infonet)

A ausência de um monitoramento do diálogo travado entre usuários e fornecedores de drogas por meio do aplicativo WhatsApp travou o inquérito policial que está em tramitação desde o início deste ano na Polícia Federal em Sergipe. Segundo informações da delegada Mônica Horta, chefe do setor de comunicação social da PF, as investigações estão praticamente paradas em função do silêncio dos administradores do WhatsApp, que insistem em blindar os usuários do aplicativo contra os efeitos das investigações criminais.

Os dirigentes do aplicativo informaram que não teriam condições de fornecer as informações solicitadas pelo judiciário por questões técnicas. No entanto, entes argumentos são rebatidos pela polícia federal. “Há dados técnicos da Polícia Federal que identificam a viabilidade de se fornecer as informações solicitadas”, diz a delegada Mônica Horta.

Para a delegada, é um mecanismo simples comparado à quebra de sigilo telefônico, que comumente ocorre quando há necessidade, durante a investigação, mediante autorização judicial. Mônica Horta informou que a polícia federal consegue facilmente informações por meio de outros aplicativos disponíveis e que o WhatsApp seria o único a resistir.

As investigações estão sob segredo de justiça. Mas a delegada admite que a suspensão dos serviços do WhatsApp é consequência do comportamento dos administradores do aplicativo que se recusam a fornecer as informações necessárias à investigação, que culminou com a interceptação e apreensão de um carregamento de droga no município de Lagarto.

Conforme a delegada Mônica Horta, o abastecimento da droga em Lagarto é feito por uma suposta organização criminosa instalada no Sul do país, que poderia ser identificada a partir do monitoramento do diálogo travado, por meio do WhatsApp, entre os suspeitos presos e os líderes desta suposta quadrilha. Segundo Mônica Horta, trata-se de um caso excepcional e específico, com monitoramento restrito às pessoas relacionadas no processo judicial.

Fonte:  Infonet (Cássia Santana)

Nenhum comentário:

Postar um comentário