quinta-feira, 16 de junho de 2016

ARBITRARIEDADE: SARGENTO DA PM RECEBE VOZ DE PRISÃO POR SE RECUSAR A EMPURRAR VIATURA QUEBRADA.


Um Sargento da Policia Militar recebeu voz de prisão no inicio da tarde desta quarta-feira (15) por um Tenente da PM, por ter se recusado a empurrar uma viatura na Avenida Maria Lacerda, em Nova Parnamirim.

O Sargento teria ido ao local onde estava a viatura e lá, recebeu a ordem de um oficial que estava presente. O Sargento se recusou a empurrar, argumentando que era uma orientação padrão aos policiais para evitar que imagens desse tipo circulassem em redes sociais. Por isso, argumentou o Sargento, que deveria ser chamado o guincho. O tenente então ordenou que o carro fosse retirado e diante da negativa da praça, deu voz de prisão, recolhendo a arma do sargento.

O Praça foi conduzido ao Quartel do Comando Geral da PM para ser autuado em flagrante por desobediência. A situação causou uma forte reação na categoria. O Sargento recebeu imediato  apoio das entidades representativas, do Cabo Jeoás e respectivas assessorias jurídicas na tentativa de reversão da decisão.

De acordo com o Cabo Jeoás essa situação é arbitrária e inaceitável. “O Sargento tem uma ficha exemplar e um bom relacionamento com os superiores e seus subordinados, e seria punido por descumprir uma ordem absurda, passando por um enorme constrangimento, porque é obvio que se o veiculo está quebrado deve ser removido para concerto, guinchado pela instituição em caso de veiculo próprio ou pela locadora em caso de frota locada. Situações arbitrarias e absurdas como essa não podem ser aceitas,” disse o ex-parlamentar.

“Já não bastam as adversidades enfrentadas diariamente, falta de condições de trabalho e equipamentos, efetivo insuficiente, ainda acontecem situações como essa. Precisamos do nosso Estatuto e Código de Ética com urgência, modernizar nossas legislações para enfim aposentar esse arcaico RDPM” destacou o Cabo Jeoás.

Atualização

O Sargento foi ouvido em termo de declaração e foi liberado no fim da tarde, vai ser aberto um procedimento administrativo para apurar o caso. A perspectiva de prisão que havia no inicio da tarde não foi concretizada, devido ao apoio jurídico recebido e do discernimento dos oficiais que estiveram a frente do caso.

Fonte:  Tribuna do Norte

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