Os sergipanos foram dormir nessa quinta-feira (1º) assustados com a onda de violência que começa a se propagar em todo Estado. Setores da imprensa propagaram áudios de detentos em presídios anunciando uma espécie de “toque de recolher” e ameaçando “tocar o terror” no Estado caso suas reivindicações não fossem atendidas. E pensar que Sergipe já foi uma das unidades mais seguras do País! A Secretaria de Segurança Pública, ao longo do dia de ontem, se reuniu e colocou o policiamento nas ruas, para tentar acalmar a sociedade, mas o “estrago” já estava feito! A sensação de insegurança hoje em Sergipe é absurda nos dias atuais.
Enquanto isso, o governador Jackson Barreto (PMDB), a maior autoridade política do Estado, não se manifesta, não apresenta resultados. Não dá uma resposta à sociedade para garantir a tranquilidade. É evidente que o Estado atravessa uma grave crise financeira, todos temos conhecimento dos pleitos – justos, diga-se de passagem – das polícias, mas que se tente dialogar, conversar e chegar a uma denominador comum. Essas relações se constituem com gestos. Infelizmente o governo não demonstra fazer muito esforço para atender as categorias e simplesmente diz que não tem dinheiro.
Como principal autoridade política, JB tinha que ir para a linha de frente, impor seu ritmo de trabalho, cobrar resultados dos auxiliares e buscar ao extremo uma solução para a nossa Segurança Pública. A partir do momento em que ele demonstrasse esse interesse em atender aos pleitos dos servidores, as categorias se somariam com o governo e fariam um esforço extra. Mas o governo demonstra não ter planejamento, não tem projeções, não ter alternativas para enfrentar a crise. O governador segue “empurrando com o bucho” os problemas de Sergipe e a crise só aumenta.
Estamos falando de um governo que não tem um deputado sequer que seja capaz, na atualidade, de subir à tribuna da Assembleia Legislativa para defende-lo com “unhas e dentes” como nos acostumamos a ver nos governos de João Alves Filho (DEM) e de Marcelo Déda (in memoriam). Carrega uma rejeição absurda e ninguém está disposto a assumir esta “herança”. O vice, Belivaldo Chagas (PMDB), assim como fez com Déda, tem sido mais fiel e discreto possível. Tenta ajudar do seu jeito, sem aparecer, sem chamar atenção. O governo de Sergipe deixa subtendido que está afundando, lentamente, e ninguém está disposto a lhe esticar a mão para retirá-lo desta situação.
O noticiário informa que o governo agora está disposto a ter acesso a dados de um processo movido contra o senador Eduardo Amorim (PSC), então secretário de Estado da Saúde, que corre em segredo de Justiça. Tudo politicagem! Certo ou errado, Amorim faz a parte dele enquanto parlamentar de oposição. Fiscaliza, cobra, incomoda! Mas ao invés de buscar uma solução para a Segurança Pública, o governador está preocupado em afrontá-lo, em superá-lo nas eleições municipais. Para quem já anunciou que vai “pendurar as chuteiras” em 2018, JB demonstra que não para de pensar em política, e muitas vezes, acaba esquecendo do Estado. Para o sofrimento de todos nós, sergipanos…
Fonte: Faxaju (coluna Politizando do jornalista Habacuque Villacorte)
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