O projeto atende atualmente 168 crianças
Crianças atendidas pelo projeto social “A Escola vai ao Batalhão de Choque” tiveram uma tarde de lazer diferenciada na tarde dessa segunda-feira, no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Os meninos e meninas, moradores do bairro América, participaram de um evento alusivo ao Dia das Crianças, com sorteio de brindes, entrega de cestas básicas, lanches e atividades ligadas ao judô, uma modalidade esportiva que tem trazido alegria, disciplina, senso de responsabilidade e autoestima para a criançada.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Polícia Militar e o SESI e atende atualmente 168 crianças, sob a coordenação do cabo Élvio, sensei e instrutor de defesa pessoal do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Sergipe. O militar esclarece que a iniciativa é uma forma de aproximar a polícia da sociedade por meio do esporte e de oportunizar as crianças a uma perspectiva de vida mais digna, longe das drogas e da violência.
“A intenção do projeto não é formar atletas nem campeões, mas oportunizar as crianças de classe humilde à prática do judô, que ainda é um esporte muito elitizado no Brasil; proporcionar o envolvimento de policiais militares no reforço escolar dos alunos do projeto, bem como a inclusão social dessas crianças. Nós temos aqui várias crianças moradoras de vila que são atuais campeãs sergipanas, de Jogos da Primavera, que nunca saíram do bairro América e agora estão viajando o Brasil todo, representando o Estado de Sergipe. É uma chance delas terem outras perspectivas na vida”, destacou o cabo Élvio.
A soldado Andresa, colaboradora do projeto, salienta a importância da iniciativa para os alunos, instrutores e colaboradores. “A importância desse projeto é clara e latente para a comunidade porque percebemos que são crianças muito pobres, mas que encontram no judô a esperança de um futuro melhor. Qualquer pessoa que chegue para agregar e trazer qualquer tipo de benefício estará não só ajudando a comunidade, mas também mostrando que a Polícia Militar é um meio para que sonhos sejam alcançados”, acrescentou.
Mãe do aluno João Ricardo, a senhora Nívia Cordeiro evidencia a mudança do comportamento do filho a partir das lições do projeto social. “Estou muito satisfeita com o resultado das aulas de judô. Já nos primeiros treinos, João joao-ricardo-e-a-mae-niviaRicardo se mostrou muito atento às lições do professor, tentando passar externamente a disciplina que aprendeu. Isso refletiu positivamente no convívio com os amigos, primos e parentes. João se tornou um menino mais organizado em casa, não machuca os amiguinhos, ao contrário, tenta protegê-los. Cabo Élvio é rígido, exigente, mas reconheço que seja para o bem das crianças, para que elas consigam, na vida, alcançar os seus próprios objetivos”, declarou.
Nos cinco anos de existência do projeto “A Escola vai ao Batalhão de Choque”, já foram mais de 600 crianças atendidas. “Atualmente, estamos com 168 crianças fazendo as aulas e o que mais me deixa satisfeito é a reconstrução da imagem da Polícia Militar perante a sociedade. É muito gratificante uma mãe chegar com o seu filho pequeno, de cinco, seis anos de idade e entregá-lo em minhas mãos. Não é na mão do cabo Élvio, na verdade, que ela está entregando. Eu represento uma instituição. Ela está confiando o seu filho à Polícia Militar do Estado de Sergipe e essa confiança não tem preço”, concluiu o militar, que também é idealizador do projeto.
Fonte e foto: PMSE
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