O assassinato que vitimou o proprietário do Bar e Restaurante Salomé, o jovem jornalista Igor de Faro, na noite da última terça-feira 25, no bairro Atalaia, assim como outros homicídios registrados, nos últimos meses em Sergipe, bate com força na cara de um governo que não consegue se sustentar de pé. Um governo fraco. Pífio. Que não justifica os votos recebidos pelos sergipanos. Tampouco o alto custo da máquina pública.
O pior é que o crime, evidente, também acerta em cheio o rosto da sociedade. Até a criança mais desatenta deste estado sabe os próximos capítulos da novela de terror: alguém vai lamentar o crime em nome do Governo do Estado, em nome do governador Jackson Barreto, vai dizer que a polícia dará uma resposta e pronto.
Quem estiver sofrendo com a covarde morte de Igor que se junte a outros sofredores por causas afins e vida que segue. Aguardemos para saber quem serão as próximas vítimas.
Ou não é assim? Não foi assim com os homicídios que vitimaram o delegado Ademir Melo, o cobrador David Jonathan e outras tantas vítimas? Mudou o quê?
O Estado se solidariza, promete elucidar o crime e até elucida. Sergipe tem uma excelente polícia judiciária. Todavia isso, evidente, não resolve a dor de familiares e amigos. Não tem forças para barrar a criminalidade e evitar novos crimes. Não varre da cabeça dos sergipanos a lucidez: ninguém está seguro em Sergipe. Ninguém está livre de ser assassinado também.
Longe deste jornalista a irresponsabilidade de afirmar aqui que o governador Jackson Barreto está de braços cruzados frente a violência que manda e desmanda em Sergipe. Que não se preocupa com as mortes. Agora, que até hoje não mostrou ser mais preparado que os bandidos para a guerra, as estatísticas não deixam dúvidas. Bandidos continuam goleado o seu governo.
Já disse neste espaço e volto a registrar: Sergipe não quer a preocupação, a falta de sono propagada do governador Jackson Barreto por contas dos problemas da sociedade. Sergipe quer um projeto de governo eficiente. Ação. Resultado. Pouco importa se Jackson está ou não sem dormir, desde que a sua gestão dê respostas positivas para o Maracanã de problemas que acossam Sergipe.
O assassinato de Igor é mais um crime a ratificar que o policiamento ostensivo é falho. Não há dúvida. Mas criticar apenas a Secretaria de Segurança Pública soa se contentar em resolver 10% do problema. O projeto não se mostra eficiente.Temos muitos bandidos e poucos policiais nas ruas. Delegacias e presídios superlotados e muita gente solta, mas que deveria estar presa. Servidores insatisfeitos e desmotivados. A questão, portanto, é mesmo de governo. De gestão e, sobretudo, de gestor.
Fonte: Universo Político (Joedson Telles)
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