Caos na segurança pública de Sergipe precisa ser contido emergencialmente, e ainda assim policiais concursados são mantidos no corredor.
Baixo efetivo na polícia, limitação de combustível, salários atrasados e pagos parceladamente, Polícia Legal, assaltos desenfreados, homicídios que parecem não ter fim, dentre tantos outros problemas que estremecem a estrutura, na verdade a falta dela, da segurança pública sergipana preocupam concursados que, preparados para auxiliar no combate à criminalidade são mantidos no corredor da espera eterna.
Denunciando a insuficiência de mão de obra humana nas delegacias do interior e da capital sergipana, membros da Comissão dos Aprovados da Polícia Civil lutam há meses na tentativa de sensibilizar o governador Jackson Barreto (PMDB) para a necessidade de fortalecer a barreira entre a criminalidade e o cidadão de bem, através da nomeação dos cerca de 250 policiais aptos para o exercício das funções de agente e escrivão da PC, mas o clamor tem sido abafado pelo grito ensurdecedor de quem tem mostrado real poderio.
Em um cenário complexo, demanda e vontade de fazer se chocam e, enquanto isso, o tempo vai passando e os números tomando proporções cada vez maiores. As promessas surgem, a crise é transformada em álibi, foragidos retomam o convívio social, mas o caos se mantém, pouco se faz e a permissa do usufruto de direitos e o cumprimento de deveres pesa apenas em um lado da balança. Segurança pública virou “pirotecnia” e o que deveria ser normalidade tem se mostrado violação de direitos básicos.
Talvez sem que se perceba o déficit de policiais aumenta, as desfavoráveis condições de trabalho pioram significativamente e o reinado do mal predomina. “É preciso muita coisa e que muita coisa mude, muita força de vontade e atitude. Pra poder colher a paz, tem que correr atrás e tem que ser ligeiro”. Estamos em guerra! “A violência não é só dos traficantes”, não se sabe quem erra mais.
A paz, massacrada, precisa fazer ‘bico’ para driblar a fome, mas “quem é o grande culpado, o ladrão que tem cem anos de perdão ou você que vota errado?”.
*A música 'Paz', de Gabriel O pensador, foi utilizada na produção do editorial.
Fonte: Itnet (Iane Gois)
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