Esta terça-feira (01) foi a primeira sessão dos três suplentes empossados, no último dia 28, no lugar dos vereadores afastados por determinação da Justiça, acusados de desvio das verbas indenizatórias da Câmara Municipal de Aracaju.
Pedrinho Barreto (PSC), sargento Jorge Vieira (PDT) e César Dias (PRP) conseguiram uma liminar na justiça para assumir os assentos há pouco mais de dois meses do final da atual legislatura. O motivo para recorrer à justiça, segundo os suplentes, foi a necessidade de ter quórum para votação dos projetos da Casa e do Executivo, inclusive a Lei Orçamentária do Município.
“Vou dar o melhor para colaborar com o bom parlamento e funcionamento desta casa em prol do povo de Aracaju. Projetos que virão do Executivo vou votar de acordo com minha consciência, eu sou um cara oriundo das lutas dos trabalhadores e vou votar a favor dos trabalhadores”, afirma sargento Vieira.
Já na primeira sessão, Pedrinho Barreto protocolou sete projetos que irão passar pelo crivo da Casa para saber se alguns desses já existem, caso contrário seguem em andamento. “Com boa vontade em dois meses dá para fazer algo. A gente não inventa, a gente copia, pega umas ideias, vai maturando até chegar ao ponto de satisfazer. Tem projetos para deficientes físicos, taxistas, idosos e etc”, diz.
Sete suplentes conseguiram uma liminar para substituir os dez vereadores afastados; desses, três já foram empossados, os outros quatro podem assumir na próxima segunda-feira (7), e ainda há possibilidade de que mais três consigam liminar. Apesar do impacto da folha de pagamento da Câmara ser em torno de R$ 300 mil, caso todos os dez suplentes assumam e somando com os salários dos 24 vereadores, para Vieira o chamamento é preciso para que a Câmara volte a funcionar.
“A Câmara começa a funcionar a partir de hoje efetivamente, até para votar os projetos, para fechar o exercício de 2016, inclusive para projetar o exercício de 2017. Como vai ficar o orçamento de 2017? Não tem outra forma senão essa, ou retornar os vereadores, ou então manter esses que ganharam a liminar. É questão de necessidade do município. Precisa deixar tudo organizado na Câmara para poder dar andamento. No ano que vem a nova gestão precisa ter tudo organizado, votado, tudo de forma legal, legítima, para não emperrar o funcionamento do município”, ressalta o sargento.
“Eu vejo isso como normal. Eu já disse que, se for para sacrificar os funcionários da Casa, abro mão de todos os meus direitos. Quero que priorize os funcionários, pague o 13º, o salário deles, no mais se sobrar aí que seja bem-vindo”, resume Pedrinho Barreto.
Fonte: F5 News (Fernanda Araújo)
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