O governador Jackson Barreto se reuniu nesta quinta-feira, 03, com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para discutir ações de combate à violência no estado. O governador afirmou que está indignado com os resultados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que colocou Sergipe como o mais violento do país. Também participaram da reunião, o vice-governador Belivaldo Chagas e os secretários de Governo, Benedito Figueiredo, e da Comunicação Social, José Sales Neto. A reunião ocorreu no Palácio de Despachos.
O governador anunciou que vai definir um calendário de convocação para, a partir de janeiro, começar a chamar os excedentes dos concursos da Polícia Civil e da Polícia Militar. Jackson Barreto disse que depois de 20 anos foi feito concurso para esses dois segmentos da polícia e o governo já chamou 150 policiais civis e mais de mil militares, ultrapassando o número de vagas do edital do certame.
Ele afirmou que está estudando as condições financeiras do Estado para melhorar a Gratificação de Atividade Extra Policial e o valor da hora extra dos policiais militares para estimular o empenho da corporação nas ações de enfrentamento à violência nas ruas. O governador informou, ainda, que já se encontra na Assembleia Legislativa um projeto de Lei que estabelece a promoção dos policiais militares através da Progressão por Tempo de Serviço, o que também vai melhorar o salário da corporação.
Outra medida importante acertada durante a reunião é a entrega, no dia 25 de novembro, de um novo presídio para desafogar as delegacias. A administração do novo presídio ficará a cargo de uma empresa terceirizada. “Precisamos acelerar o processo de inauguração dos presídios e, para tanto, estamos contando com o descontingenciamento dos recursos do Sistema Penitenciário pelo Governo Federal. Na próxima segunda-feira, estaremos recebendo o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em Sergipe, quando vamos tratar desses assuntos”, acentuou. O governador também quer a volta, o mais rápido possível, dos presídios com sistema semi-abertos.
Também ficou acordado na reunião, a instalação de um Fórum para se discutir ações de enfrentamento à violência com a sociedade civil organizada. “Vamos convidar os diversos segmentos da sociedade para discutir maneiras e ações de enfrentamento e combate à violência. O governo precisa saber o que a sociedade pensa e sobre como devemos agir para combater a violência”, reforçou.
“Não queremos contestar os números do Anuário. Temos que trabalhar e promover ações objetivas que venham combater a violência em nosso estado. A situação é constrangedora para todos”, afirmou.
“Estamos fazendo um grande esforço, mas a crise não é só nossa. O país está atravessando dificuldades, mas temos que dar uma resposta à sociedade. Essa colocação nos causou vergonha e não podemos lavar as mãos. Temos que parar, pensar, refletir e promover ações objetivas que venham combater a violência e promover a segurança pública”, reforçou.
Enfrentamento à violência
O secretário de Estado da Segurança Pública, João Batista, considerou produtiva a reunião do governador com a cúpula da Segurança Pública, na qual foram traçadas ações que irão refletir no enfrentamento à violência. Ele disse que o governador já determinou a convocação dos excedentes do concurso da Polícia Militar para ampliar o número de policiais nas ruas fazendo o policiamento ostensivo. Também serão convocados os excedentes da Polícia Civil a partir de janeiro.
O secretário destacou a decisão de inaugurar os presídios para desafogar as delegacias, ao relatar que as delegacias estão com mais de 300 presos. “Nós somos uma das polícias que mais prende, mas precisamos desafogar nossas delegacias e encaminhar os presos para os presídios”, ressaltou.
João Batista ressaltou que a melhoria das gratificações e hora extra dos policiais militares vai estimular a corporação a se empenhar mais ainda nas ações de combate à criminalidade, especialmente aqueles que trabalham no policiamento ostensivo.
O secretário adiantou que, já em dezembro, estará organizando o primeiro fórum de discussão de enfrentamento à violência em Sergipe com as entidades da sociedade civil organizada. “O governador nos cobrou com ênfase o empenho das polícias civil e militar no combate à criminalidade, e saímos da reunião com decisões tomadas que serão colocadas em prática imediatamente”, concluiu.
Presenças
Também participaram da reunião, o comandante Geral da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, o chefe do Gabinete Militar, coronel Eduardo Henrique dos Santos, o coordenador das Delegacias da Capital, delegado André Baronto, o comandante da PM do Interior, coronel Campos e o delegado Geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira.
Fonte: ASN
Nota do blog: Esperamos que agora esta convocação realmente aconteça, pois há muito tempo se fala nisso e por enquanto só promessa.
"Jackson Barreto disse que depois de 20 anos foi feito concurso para esses dois segmentos da polícia e o governo já chamou 150 policiais civis e mais de mil militares, ultrapassando o número de vagas do edital do certame."
ResponderExcluirComo assim, 20 anos? O concurso antes de 2013 para a PM não foi em 2006?
Além disso, de 2011 até hoje ele foi ou vice (do Déda) ou governador. Será mesmo que essa gente não reconhece os erros? Estão sempre querendo culpar outros.
Correção: O grupo dele está no poder desde 2007 (com Déda). Se todo esse tempo para eles não é suficiente para levar o Estado a um patamar superior, quanto tempo é preciso?
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