Na tarde desta sexta-feira (04), a Polícia Civil elucidou o crime ocorrido no dia 25 de outubro, na Atalaia, ocasião em que o empresário IGOR DE FARO FRANCO, com 31 anos, foi morto em frente ao seu estabelecimento comercial, o Bar Salomé.
Igor estava em frente ao local quando foi abordado por dois indivíduos numa motocicleta, os quais anunciaram o assalto e, sem lhe oferecer qualquer chance de defesa, mesmo com os braços ao alto, efetuaram um disparo que ceifou sua vida.
Equipes do Departamento de Repressão a Roubos e Furtos – DEROF e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP trabalharam em parceria com a DIPOL – Divisão de Inteligência Policial a fim de solucionar o caso. Foram traçadas linhas de investigação e todos as pessoas mais próximas à vítima em seu ambiente de trabalho foram ouvidas, o que tornou ainda mais forte a tese de latrocínio.
A partir daí, traçou-se o perfil e o modo de operar dos autores, sendo identificados outros casos de roubos semelhantes naquela área, em período próximo ao crime do qual Igor foi vítima. Investigados tais casos, chegou-se a um adolescente de 16 anos e a VINÍCIUS DE SOUZA MACEDO, com 30 anos, como seus autores.
Identificados, percebeu-se que sem dúvidas são as mesmas pessoas que vitimaram o proprietário do Bar Salomé, sendo que o adolescente findou por confessar em detalhes, na presença de sua genitora a prática do crime. Segundo o mesmo, a intenção era praticar um roubo, mas a vítima teria negado entregar o aparelho celular, em função do que foi deflagrado o disparo que lhe atingiu. A confissão espontânea foi devidamente filmada.
Imagens de câmeras de segurança de diversos estabelecimentos ao longo do bairro foram colhidas e corroboram o trajeto tomado pelos autores após o crime, rumo à residência do menor. Em sua casa foi localizada a camisa usada na infração.
Considerando a gravidade do caso, de repercussão nacional, vitimando um cidadão de bem, foram representadas na própria noite de ontem, a prisão do adulto e a internação do adolescente junto ao Poder Judiciário, mas o Juiz Plantonista, PAULO HENRIQUE VAZ FIDALGO, entendeu por bem não apreciar os pedidos, por considerar que a causa não exigia a celeridade necessária para demandar o plantão judicial.
Os marginais que mataram um inocente permanecem livres, por conta da decisão do ilustre magistrado.
A Polícia Civil, fiel ao seu compromisso com a sociedade, vai reiterar os pedidos de internação e prisão, com a certeza de que a Justiça Sergipana cumprirá sua missão, permitindo que marginais de alta periculosidade sejam afastados do convívio social.
Por Alessandro Vieira – Delegado Geral da Policia Civil
Fonte: Faxaju
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