Para o Dr. Márlio Damasceno, é inadmissível que os usuários do Ipesaúde sejam tratados desta forma
A Assessoria jurídica da Associação dos Policiais Militares de Sergipe (Amese) entrou com uma representação junto ao Ministério Público Estadual (MPE) contra Instituto de Promoção e Assistência à Saúde (Ipesaúde). Mesmo com o aumento da contribuição dos conveniados, o atendimento na unidade de saúde não melhorou, e quem precisa recorrer à unidade tem que esperar muito. De acordo com o advogado da Amese, Márlio Damasceno, um policial militar demorou quase seis horas para conseguir fazer um exame de ultrassonografia no local.
"O policial Fábio Oliveira Santos buscou atendimento no Ipesaúde no setor de urgência e foi atendido pelo médico de plantão às 12h11. Como Fábio estava com muitas dores na região abdominal, para diagnosticar o problema, foi pedido que fosse feito o exame em caráter de urgência. Mas, o policial teve que esperar mais de seis horas para fazer a ultrassonografia, sendo atendido somente às 18h20, após o caso ter sido denunciado à imprensa. Ele ficou sem almoçar e quase sem jantar durante horas, e ainda sentido dor até conseguir fazer o procedimento", contou.
Ainda segundo o advogado, outros pacientes que estavam lá também reclamaram da demora. "Outros usuários reclamaram que estava demorando a ministração de medicamentos e, inclusive eu vi pacientes recebendo soro sentados numa cadeira comum. E na sala de espera da ultrassonografia não tinha lâmpada, estava queimada e não trocaram".
"Juntei todas as provas, a hora que o policial chegou à urgência até a realização do exame e encaminhamos ao MP. É inadmissível esperar tanto tempo num setor de urgência para fazer um exame. Diversas pessoas estavam reclamando da demora. Houve aumento da contribuição para o Ipes, mas não houve melhoria. Por isso, estamos solicitando que sejam tomadas providencias. Se aumentou a contribuição, tem que ter melhoria", frisa o advogado Márcio Damasceno.
O Jornal da Cidade entrou em contato com o Ipesaúde para esclarecimento das denúncias da Amese. Mas, até o fechamento da matéria nenhuma resposta foi enviada.
Fonte: Jornal da Cidade
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