sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

EM NOVA FUGA, 24 PRESOS ESCALAM PAREDE E ESCAPAM DO COPEMCAN.

Sejuc diz que sistema de monitoramento funciona


Nesta sexta-feira, 23, mais uma fuga foi registrada no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), localizado no município de São Cristóvão. A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Defesa ao Consumidor (Sejuc) que confirmou que 24 detentos serraram as grades e conseguiram por meio de uma corda popularmente conhecida como 'tereza" escalar o muro e fugir.

Ainda segundo a assessoria, o fato ocorreu no pavilhão 4 e já é investigado através de um inquérito policial e por meio da corregedoria para saber a responsabilidade da fuga. A assessoria foi enfática ao afirmar que o presídio possui um sistema de segurança formado por cerca elétrica, sensor e monitoramento de câmeras que funcionam bem.

A informação foi negada pelo vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Secretaria de Estado da Justiça (Sindpen), Wesley Alves. “Desafio o secretário a convocar a imprensa para fazer uma visita ao Copemcan no período da noite para verificar como o presídio funciona às escuras. Não há um sensor de monitoramento. Isso não existe. Não existe nem o funcionamento das guaritas. É uma mentira o que querem passar”, desabafa Alves reafirmando a falta do monitoramento.

“Estamos vivendo hoje uma péssima gestão, onde não existe um monitoramento com câmeras. Eles colocaram quatro câmeras de péssima qualidade que não serve para nada, por isso, volto a dizer, desafio ao secretário mostrar esse monitoramento. O sensor não existe, o Copemcan tem muitos ratos e gatos e se existisse sensor o tempo todo iria disparar, mas isso não acontece porque não existe”, ressalta o vice-presidente do sindicato que também denuncia a superlotação.

“Nessa ala onde os presos fugiram existem 535 detentos quando a capacidade é de 160. No momento do ocorrido para 535 presos somente quatro agentes estavam no local. Essa é a situação real pelo que passa um agente”, finaliza Wesley Alves.

Fonte:  Infonet (Kátia Susanna)

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