Cadeia de Areia Branca não tem mobília nem equipamentos de segurança.
Mais de cinco mil pessoas estão presas onde caberia menos da metade.
Foto: Jorge Reis /Seinfra
Em Sergipe, mais de cinco mil pessoas estão presas onde caberiam menos da metade. E um presídio novinho, pronto há quase um ano, continua vazio.
São 5.500 metros quadrados de área construída com capacidade para 600 presos. O presídio de Areia Branca, no agreste de Sergipe, ficou pronto em março de 2015 e até agora está vazio.
É que lá dentro falta tudo - mobília, equipamentos de segurança como extintores de incêndio, bloqueadores de celular, sistema de comunicação. O governo do estado disse que acabou o dinheiro.
Já foram gastos R$ 11,2 milhões com a obra. Quase todo o dinheiro veio do governo federal - apenas R$ 150 mil são verba estadual.
Quando estiver funcionando, o presídio vai receber presos à espera de julgamento. Enquanto isso, eles abarrotam os demais presídios do estado.
Mais de 50% da população carcerária de Sergipe estão nesse presídio. São 2.800 presos, só que a capacidade é para 800.
Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, os oito presídios do estado têm 2.391 vagas, mas abrigam 5.012, quase o dobro.
“Isso, infelizmente, superlota as unidades públicas e fragiliza bastante a segurança. Quase um ano a obra está conclusa e sem ser inaugurada, veja que absurdo”, disse Luciano Nery, presidente do sindicato.
A Secretaria de Justiça de Sergipe declarou que espera receber dinheiro federal do fundo penitenciário até março para contratar pessoal e comprar mobiliário.
Clique aqui e assista o vídeo da reportagem.
Fonte: G1 (Jornal Nacional)
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