Em operação padrão, parte do efetivo da Polícia Militar não está participando do programa de trabalho extra. Foto: JC Imagem/Arquivo
A pedido da Associação de Cabos e Soldados, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu inquérito para investigar o Programa de Jornada Extra (PJEs) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Um vasto material com denúncias foi entregue no final do mês de dezembro pela Associação. Entre elas, a de que comandantes da corporação estariam obrigando os policiais que desistiram de fazer parte do PJEs a trabalharem compulsoriamente o serviço.
Vale lembrar que a participação no programa não é obrigatória. Com o início da operação padrão da PM, com o objetivo de reforçar as reivindicações da categoria, a maior parte dos militares deixou de participar dos PJEs, gerando transtornos para a Secretaria de Defesa Social (SDS), que não tem policiais suficientes para garantir o policiamento ostensivo nas ruas. Com isso, as associações alegam que os comandantes dos batalhões passaram a obrigar aqueles policiais que haviam se comprometido a participar da escala em janeiro a permanecerem trabalhando – mesmo com o pedido de desistência.
As investigações estão sendo coordenadas pelo promotor de Justiça Westei Conde, da 7ª Promotoria de Defesa da Cidadania, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Ele solicitou que os comandos da PM e dos Bombeiros encaminhem, em até 30 dias, informações detalhadas sobre o quantitativo de militares que se habilitaram para o PJEs, quantitativo dos que pediram desligamento e aqueles que foram incluídos nos plantões.
Fonte: NE10/Jornal do Commercio
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