Imprevisibilidade. Hoje você sai de casa, mas não sabe se retorna. O direito de ir e vir só vale no papel.
Uma manchete de ontem, 25, que retrata que os marginais hoje não tem medo de ninguém inclusive da polícia: “Policial sofre ameaças e é amarrado em bar no Mosqueiro." Tem arrastão até em cemitério. Até um simples gesto de doação a uma creche pode ser fatal. Restaurante, nem pensar, principalmente quando tem pouco movimento. Ponto de ônibus? Só se não tiver jeito. E rezar para o meliante não ficar com raiva se você não tiver celular ou se tiver um aparelho ”fajuto”.
Um alto número de homicídios dolosos (com intenção de matar) este ano. Uma média de três homicídios diariamente. Onde? Sergipe, o menor Estado do país e o mais violento segundo dados divulgados no ano passado.
E não venham com o “papo” de baixo efetivo e tudo mais. Não cola mais.
E com a coragem de sempre o titular deste espaço acredita que Sergipe não está tão violento, como dizem. Vejam: num lugar em que parte polícia faz de conta que trabalha (para o desespero de uma minoria abnegada, inclusive em cargos de chefia), onde ao circular pelas ruas de Aracaju e rodovias estaduais não se vê sequer uma viatura muito menos policiais, civis e militares em operação. Tirando a orla de Atalaia. A orla hoje tem mais viaturas circulando do que bairros como Siqueira Campos, Santos Dumont ou a Zona de Expansão. E olhe que mesmo assim o tráfico “rola” solto na rua paralela da orla. É um acordo tácito, segundo os moradores.
A mesma reação indignada de alguns da PM com o assassinato do colega de farda, não foi vista com o assassinato do pacifico Nicanor Moura. Tem quem reaja como gangster quando um dos “seus” foi abatido pela violência, mas deixa, desidiosamente a violência crescer em Sergipe. E aqueles que cruzam os braços e fecham os olhos ao cumprimento do dever operacional diário?
Como um oficial abnegado que recentemente foi para a reserva antecipadamente. Motivo? Cansado de esperar bons ventos. Ou seja, a total descrença na política de segurança pública.
O blog ainda acredita que Sergipe é, proporcionalmente, o lugar mais seguro do Brasil, não por ação da polícia, mas sim pela qualidade pacífica de sua gente... Infelizmente toda semana pessoas de bem estão sendo assassinadas.
O que fazer? Torcer para que você não seja mais um nas estatísticas da violência.
Fonte: Blog do jornalista Cláudio Nunes
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