Os Diretores da EMGETIS teriam alterado o Estatuto dos funcionários, em 2015, para se beneficiarem de uma gratificação que era exclusiva para os servidores que trabalham no expediente da tarde. Os funcionários que prorrogam o expediente recebem 50% do salário base, mas os Diretores estariam recebendo 50% da remuneração completa. Agora eles estão pleiteando o pagamento retroativo a 2009 dessa gratificação que eles mesmos criaram em 2015. O montante desse desembolso para o Estado ficará na casa dos 700 mil reais.
O processo está na PGE para pronunciamento dos procuradores. Interessante que os funcionários que aderiram ao PDV no final de 2015 estão se afastando de forma fracionada, porque o Governo não tem dinheiro pra pagar as indenizações e hoje, mais de um ano após a adesão, ainda restam funcionários aguardando sua vez de sair. Os funcionários estão há mais de 4 anos sem recomposição salarial porque o Estado não pode pagar. Recentemente foi negado um reajuste escalonado de 10 reais mensais no auxílio alimentação dos empregados, o que representaria cerca de 1.300 por mês, alegando falta de recurso.
Mais interessante ainda é que os Diretores estão tentando intimidar os funcionários. Chegaram a chamar no Gabinete alguns empregados que consultaram o processo eletronicamente, dizendo que era pra ser um processo sigiloso e ninguém poderia ter visto ou comentado. Com salários tão atrativos que ultrapassam o de Secretários de Estado, ninguém quer aproveitar essa reforma administrativa do Governo para se candidatar a uma vaga na Diretoria da EMGETIS, não?
Fonte: Blog Primeira Mão (Eugênio Nascimento)
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