segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

MILITARES DE SERGIPE TÊM O 3º PIOR PISO DO PAÍS. PARA O ASSESSOR JURÍDICO DA AMESE, "FOI IMPORTANTE TÃO DIVULGAÇÃO PARA ACABAR COM A FALÁCIA DO LÍDER DO GOVERNO QUE DIZIA QUE OS MILITARES SERGIPANOS ERAM UNS DOS MAIS BEM PAGOS DO BRASIL".

O valor fica à frente apenas do Espírito Santo e da Paraíba e bem longe dos R$ 7,1 mil dos policiais do Distrito Federal.


Levantamento realizado pelo jornal O Globo mostra que, segundo a Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Brasileiros (Anermb), o salário inicial do policial militar sergipano é o terceiro pior do país. O servidor, em início de carreira, ganha R$ 2,702,78. O valor fica à frente apenas do Espírito Santo e da Paraíba e bem longe dos R$ 7,1 mil dos policiais do Distrito Federal. 

Para o assessor jurídico da Associação de Miliares de Sergipe (Amese), Márlio Damasceno, esse levantamento mostra a discrepância entre os salários das polícias de todo o país, por isso, defende a tramitação da PEC 300 que cria um piso nacional para a categoria. 

“O correto seria a aprovação da PEC, mas ela segue esquecida pelo Congresso. A polícia daqui não é melhor que a de Brasília e a de lá não é melhor que a daqui, por isso não deveria ter essa diferenciação. A divulgação desses dados é importante para acabar com essa falácia do líder do governo [Francisco Gualberto] de que a polícia de Sergipe é uma das mais bem paga do país. Agora está mais que provado que temos a terceira pior remuneração do país”, aponta.

Ainda segundo ele, os subsídios aprovados pela Assembleia Legislativa só vão valer a partir de 2018, mas mesmo assim não vão suprir a luta de anos de uma categoria. “Quando o subsídio estiver sendo pago o salário continuará defasado, outros Estados já estão se movimentando para conceder reajuste”.
“A gente vê muitas pessoas julgando os movimentos das polícias e achando tudo errado, mas quem passa necessidade são as famílias. Os militares não têm direito a greve e essa foi a única saída encontrada para ter a possibilidade de melhora. Enquanto houver esse militarismo arcaico, os PMs serão tratados com cabresto”, lamenta o assessor jurídico da Amese. 

O JORNAL DA CIDADE entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado para saber o posicionamento sobre o assunto. A Secom pediu que falássemos com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que, por sua vez, pediu para entrar em contato com a Polícia Militar. No entanto, até o fechamento desta matéria não conseguimos falar com a assessoria do órgão.

Fonte:  Jornal da Cidade

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