Imagens ilustram o caos em Vitória-ES. Saques, roubos e 50 homicídios
Essa realidade já vinha sendo alertada a duas décadas quando as primeiras pesquisas de opinião identificaram que a segurança pública seria um dos temas que deveriam ser levados aos debates presidenciais no Brasil. Isso porque é um assunto que passou a preocupar os cidadãos, diante do aumento das taxas de roubos e homicídios, da baixa resolução dos crimes e do consequente aumento da sensação de insegurança.
Naquela época, a taxa de homicídios era de 20,2 para cada grupo de 100.000 habitantes. Ou seja, a cada dia 83 pessoas eram assassinadas no país. Depois de dois governos tucanos (Fernando Henrique Cardoso – 1995 a 2002) e quase três petistas (Lula da Silva – 2003 a 2010 e Dilma Rousseff – 2011 a 2014) a taxa saltou para 29, o que quer dizer que 154 assassinatos acontecem por dia.
O desabafo em rede de TV do Tenente Coronel Alexandre Quintino (acima) sobre a situação que está acontecendo no Espírito Santo é só a ponta de um iceberg que agora despontou com tudo. A paralisação dos policiais daquele Estado era uma coisa previsível, porém não está sendo feita por eles, por conta de proibições constitucionais, mas sim por familiares que, cansados do sofrimento e descaso do governo, resolveram tomar a frente e fazer alguma coisa, nem que fosse para chamar a atenção. E chamou…
A decretação da ilegalidade do movimento é algo sem fundamentação, pois os policiais simplesmente não podem sair para a execução dos trabalhos. Tirar os manifestantes da frente dos quartéis, à força, pode ocasionar uma tragédia. Quem fará isso, o Exército, a Força Nacional? E caso aconteça, como reagirão os policiais vendo suas mães, esposas e filhos sendo expulsos à base de gás de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borrachas?
Movimentos pode se alastrar pelo país
As redes sociais no Rio de Janeiro, principalmente a de policiais, já estão alertando à população de que nos próximos dias fato semelhante poderá acontecer por lá. E estamos falando do Rio de Janeiro, local onde o crime organizado impera e só aguarda uma brecha das forças de segurança para agir. Lá, os policiais estão em situação semelhante por conta de um estado falido que não consegue honrar sequer o compromisso com seus servidores, fruto da corrupção que levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral, preso em Bangu.
Os governos estão brincando com as panelas vazias nas casas dos policiais brasileiros e quando a fome chega ao lar de um pai de família, com certeza ele não medirá esforços para alimentar as suas proles!
Os governos negligenciaram as polícias militares do país e comprar viaturas e dar treinamentos, nem sempre eficientes, não é tudo que se precisa. Tanto o governo federal como os governos estaduais, ao fazerem “vistas grossas” para a segurança pública nacional, estão começando a assistir a degradação e a revolta diante da incompetência nas gestões. O papel do gestor de segurança é fundamental e os casos brasileiros em que houve um avanço tiveram a participação direta dos secretários ou governadores, o que deveria ser levado à sério a nível nacional. Testar as polícias militares do país, pode não ter sido a melhor solução e a conta sempre vai chegar às mãos do menos favorecido: A população.
Esse é o retrato do Brasil deixado por governos que nunca se preocuparam com outra coisa que não fosse a corrupção, o poder e a riqueza, e deixaram um duro recado à sociedade brasileira: “A vida vale muito pouco no Brasil”.
Da redação com dados do “EL PAÍS”
Fonte: Blog do Poliglota
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