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Muito se fala em comprometimento com a segurança pública, redução nos índices de criminalidade, condições favoráveis de trabalho, aumento de efetivo, promoção de praças e oficiais, mas na prática a verdade é que o descaso para com a categoria militar em Sergipe já atinge a sociedade e não há quem apure ou queira resolver as denúncias feitas insistentemente pela imprensa.
Exemplo claro desse reflexo é a queixa há pouco recebida dando conta de que o Batalhão de Radiopatrulha (BPRp), um dos mais antigos batalhões independentes da corporação, nesta noite de quinta-feira (27) conta com apenas DUAS viaturas em condição média de trabalho para dar conta de toda a área de atuação, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas e Maruim.
Boicote, perseguição, incompetência administrativa por parte do Comando Geral, desinteresse do governador Jackson Barreto, crise na corporação, DESSERVIÇO? O que haverá por trás dos bastidores para que situações diferenciadas sempre atinjam os radiopatrulheiros e tudo fique sem resposta? Permanecendo a política do “farinha pouca, meu pirão primeiro”, o preço continua a ser pago pelo povo e a corda arrebentando do lado mais fraco, ou do lado de praças e oficiais que não se valem de cargos e funções para ser operacional.
Primeiro a perda significativa no quantitativo de viaturas, que em 2016 era 31 e caiu para apenas 09, em 2017, sendo que destas 08 estão quebradas e sem qualquer previsão de conserto. Depois, a perda de mais de 100 homens que integravam o efetivo, e agora há quem comente até o interesse na exterminação total da unidade e o consequente anseio pela ocupação do espaço pela Força Tática. De quem é a culpa?
O mais intrigante é que os referidos veículos não apresentam problemas que levem à condenação ou que justifiquem a não realização do reparo, tendo em vista se tratar, segundo foi apurado, de ajustes simples. A que se deve essa barreira? O que vem a justificar o Centro de Suprimento e Manutenção não liberar mais carros para rondas. Ordens de quem? Com qual intenção?
Não percebem que a birra direcionada a pessoas específicas afeta diretamente a sociedade, que deixa de ter nas ruas homens extremamente comprometidos com o trabalho preventivo e ostensivo, os quais inclusive se destacam pela operacionalidade principalmente no combate ao tráfico de drogas e apreensão de armas?
Governador, o que estará ocorrendo com a instituição Polícia Militar em Sergipe, que ultimamente tem sido foco de denúncias não apenas em relação a falta de recursos para funcionamento, como também quando o assunto é a corrupção que vem de cima? Não bastasse o comandante geral recebendo mais de R$ 5 mil de Retae, um vídeo viralizado nas redes sociais esta semana mostrou um PM recebendo propina.
Será que esses casos estão sendo varridos para debaixo do tapete e não tem o chefe de Estado tido conhecimento do que, claramente, afeta a sua imagem enquanto homem público? E o Ministério Público, os deputados, não estão acompanhando o que se passa, os escândalos que após a propagação são silenciados?
Nos manterão sem viaturas nas ruas, com a sensação de insegurança aumentando e sem respostas também? Na teoria, uma missão constitucional. Na prática, quem deveria agregar está agindo em descompasso. No fim, talvez o SALÁRIO GORDO e a proximidade da Reserva expliquem.
E a PM 5, negará os fatos? Com comandantes precisando utilizar o veículo particular para cumprir diligência, como aconteceu na última terça (25), fica difícil maquiar. Aguardemos!
Sobre as viaturas quebradas da RP? Podem ser facilmente localizadas em uma locadora de veículos na Tancredo Neves, em Aracaju (SE).
Fonte: https://www.facebook.com/jornalistaianegois/ (jornalista Iane Gois)
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