O ex-delegado geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira, disse na manhã desta quarta-feira (24), que algumas vezes, no tempo em que esteve à frente da DGPC, ouviu do governador Jackson Barreto (PMDB), manifestações de desconforto com o trabalho que vinha sendo realizado pela delegada Danielle Garcia, coordenadora do Departamento de Combate aos Crimes Tributários e Administração Pública (Deotap).
Em entrevista ao programa Fala Sergipe, Alessandro Vieira afirmou que embora Jackson Barreto tenha demonstrado desconforto, em nenhum momento pediu o afastamento da delegada. “O governador nunca me pediu ou determinou o afastamento da delegada Danielle, mas manifestou algumas vezes seu desconforto com as investigações”, disse o delegado.
Alessandro explicou que Jackson ao manifestar seu desconforto com trabalho da Deotap, o governador teria dito ao delegado que era procurado por amigos políticos, que diziam de suas contrariedades com as investigações, mas que em nenhum momento, ouviu o governador mencionar nomes de políticos.
O delegado disse também que “o governador demonstrava pouco interesse nas investigações de crimes de lavagem de dinheiro. O ápice se deu com as investigações sobre o conselheiro Ulices Andrade, do Tribunal de Contas, e a Torre. Deixo claro que o conselheiro não foi investigado¨, revelou o delegado.
Ainda sobre o trabalho realizado pela Deotap, Alessandro Vieira disse que o governador lhe disse que não entendia essas investigações, com tantos crimes sendo cometidos nas ruas.
Sobre as eleições de 2018, Alessandro Vieira explicou que se filiou à partido Rede, mas deixou claro que sua candidatura ainda não está definida. “O Brasil precisa parar e mais pessoas, que não precisam do salário d parlamentar, devem entrar na política”, afirmou.
Fonte: Faxaju
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