A população sergipana volta a se assustar com os avanços da violência no Estado. Em apenas três dias foram registrados, no município de Itabaiana, sete homicídios, sendo o mais grave deles dentro do Hospital Regional. A sensação é que o crime organizado tomou conta da região Agreste e que, diante da ausência efetiva do poder público, está aplicando a sua própria “justiça”. É uma situação complicada e preocupante, onde os bandidos quase que escolhem quem vai continuar vivendo ou quem irá morrer.
Estamos falando de 47 assassinatos somente em Itabaiana até agora e recentemente ultrapassamos a metade do ano. As vítimas variam entre trabalhadores comuns e suspeitos de envolvimento em outros homicídios, furtos, tráfico de drogas ou desvio de cargas. Ou os bandidos estão fazendo “Justiça” com as próprias mãos, ou temos uma espécie de “milícia” montada no município serrano! Este colunista ainda vai apostar no efetivo policial reduzido e na certeza da impunidade como as principais causas de tantas mortes na cidade.
E após todo esse “derramamento de sangue”, a Polícia Militar reagiu através do 3º Batalhão, com apoio do COE e GATI, e (pasmem) aproveitou alguns alunos da CFAP para promover operações de policiamento ostensivo com o objetivo de reduzir a criminalidade. É sério que o Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública (SSP), está utilizando “alunos” para combater o crime organizado no Agreste? Fica até impossível de não criticar...
Por fim, em meio a tanta violência, a tantos assassinatos, não custa pergunta: onde está o reforço da Força Nacional de Segurança que foi deslocado para Sergipe? Por que estes homens não ficam concentrados no Agreste para minimizar o sofrimento daquelas comunidades, para “fazer número” sim e para tentar transmitir a sensação de segurança na região? Ao menos, se for para este efetivo ficar em Aracaju, atuando em blitz, que o faça em Itabaiana. Por lá a “demanda”, pelo visto, tem sido maior...
Fonte: iSergipe (Habacuque Villacorte)
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