O juiz de Direito José Anselmo de Oliveira desabafou nesta quinta-feira, 31, via WhatsApp, depois da decisão de ontem, do Pleno do Tribunal de Justiça, que o afastou do exercício da magistratura por não cumprir meta de julgamento de processos.
Veja o desabafo do magistrado:
Caros colegas: quero agradecer a solidariedade dos que se manifestaram. Nesse momento o meu sentimento é de injustiça e de falta de respeito a minha pessoa, ao meu trabalho de 28 anos, a minha família, aos meus amigos e aos meus ex-alunos. Além da violenta e abusiva medida do afastamento antes do devido processo que corresponde a punição sem defesa. Depois de anos no JEFAZ trabalhando de segunda a sexta no mínimo 9 horas, acordei hoje como se houvesse morrido. Creio em Deus e nos homens e mulheres honestos e justos que ainda existem que no tempo e na instância adequada tudo será esclarecido. Porém, uma parte de mim foi assassinada pelo vazamento seletivo de um processo que tramita em segredo de justiça. Infelizmente não vazaram a minha defesa preliminar. Meus advogados tomarão todas as medidas necessárias para defesa e o resgate da minha honra ultrajada. Obrigado a todos.
Anselmo Oliveira
Fonte: NE Notícias
Nota do blog: Um homem honesto e de bem, com inúmeros serviços prestados a magistratura, a sociedade sergipana e a classe militar, principalmente no Juizado da Fazenda Pública, reconhecendo a presunção de inocência em relação às promoções, por isso, fazemos questão de nos solidarizar com o Dr. José Anselmo, não podendo o mesmo ser culpado pelo alto volume de processos no JEFAZ.
Que se permita a plenitude do contraditório. Pelo que se verifica da denúncia sigilosa, convenientemente vazada (origem em rodapé), sequer constava pedido de afastamento. Um tapa dado dado não se apaga, mesmo após o pedido de desculpa pelo erro da agressão. Cautela amigos. Um show não é feito apenas da apresentação ao público. Os bastidores são igualmente motivadores. Intenção deliberada em primeiro expor, macular uma carreira, plantar a dúvida, para depois viabilizar contraditório. Estranhamente há representação no CNJ (anterior e procedente) obrigando a disponibilização de mais assessores porque aqueles disponibilizados 'de bom agrado' eram insuficientes. Estranhamente, encontrava-se na iminência de promoção na carreira. Aguardemos o contraditório. Estamos contigo, professor!
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