Capital sergipana ocupava a 38ª colocação no ranking
Aracaju, a capital do menor Estado brasileiro, está subindo no ranking e se desponta como a 12ª cidade mais violenta do mundo, segundo estatística referente aos dados coletados em 2016 pela ONG mexicana Seguridad Justicia y Paz – Consejo Ciudadano para La Seguridad Publica y Justicia Penal A. C. Na pesquisa divulgada no ano passado pela mesma entidade, considerado a estatística relativa ao ano de 2015, Aracaju era a 38ª cidade mais violenta do mundo.
O novo cenário mostra que o índice de violência em Sergipe aumentou consideravelmente. A ONG divulga o relatório do mapa da violência, destacando as 50 cidades do mundo com as maiores taxas de homicídios, considerando a proporcionalidade de um caso para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre as 30 cidades do mundo mais violentas, dez são brasileiras.
Entre as cidades brasileiras, Aracaju, ocupando a 12ª posição no ranking mundial, se destaca como a terceira mais violenta do Brasil, perdendo apenas para Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte [na 10ª posição do ranking), e Belém, do Estado do Pará [na 11ª colocação]. Também estão destacas nas estatísticas contidas no relatório da ONG, as cidades baianas de Feira de Santana e Vitória da Conquista, respectivamente, ocupando a 15ª e 16ª posição; Campos do Goytacazes, no Rio de Janeiro, em 19ª posição; Salvador, capital da Bahia, em 20ª colocação; Maceió, capital alagoana, na 25ª; Recife, em Pernambuco, na 28ª; e João Pessoa, capital da Paraíba, na 29ª posição.
Foram analisados os dados das cidades de diferentes países com população superior a 300 mil habitantes, que apresentaram as mais elevadas taxas de homicídios no mundo. Conforme o relatório da ONG mexicana, o maior obstáculo enfrentado para concluir o relatório está na falta de transparência dos governos dos Estados pesquisados. Sergipe está no rol destas dificuldades. Conforme o relatório, Sergipe desponta como lamentável exemplo de transparência, em se tratando das informações transmitidas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública relacionadas aos homicídios.
Estatísticas
No mundo, a cidade mais violenta é Caracas, capital da Venezuela. Com população de 3.305.205 habitantes, Caracas registrou no período 4.308 homicídios e taxa de 130,35, considerando a proporcionalidade de um para cada grupo de 100 mil habitantes.
Conheça o ranking da violência no Brasil, entre as 30 cidades consideradas as mais violentas do mundo, conforme dados registrados no ano de 2016 pela ONG mexicana:
10ª colocação – Natal (RN) = 1.577.072 habitantes; 1.097 homicídios e taxa de 69,56
11ª colocação – Belém (PA) = 2.422.481 habitantes; 1.633 homicídios e taxa de 67,41
12ª colocação – Aracaju (SE) = 938.550 habitantes; 589 homicídios e taxa de 62,76
15ª colocação – Feira de Santana (BA) = 622.639 habitantes; 375 homicídios e taxa de 60,23
16ª colocação – Vitória da Conquista (BA) = 346.069 habitantes; 208 homicídios e taxa de 60,10
19ª colocação – Campos do Goytacazes (RJ) = 487.186 habitantes; 275 homicídios e taxa de 56,45
20ª colocação – Salvador (BA) = 3.984.583 habitantes; 2.180 homicídios e taxa de 54,71
25ª colocação – Maceió (AL) = 1.021.709 habitantes; 529 homicídios e taxa de 51,78
28ª colocação – Recife (PE) = 3.940.456 habitantes; 1.887 homicídios e taxa de 47,89
29ª colocação – João Pessoa = 1.114.039 habitantes; 530 homicídios e taxa de 47,57
Resposta da SSP
A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe se manifestou em nota, informando que a ONG mexicana comete uma série de equívocos com os dados relativos a Sergipe. “Apesar do reconhecido trabalho social desenvolvido pela instituição no México, nota-se que em relação a essa publicação houve falhas graves no tocante aos números apresentados”, destaca a nota enviada pela assessoria de imprensa à redação do Portal Infonet.
A SSP revela que os dados são inerentes às ocorrências da região metropolitana, que envolve Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristovão e Nossa Senhora do Socorro, que os dados correspondem ao ano de 2015 e que a entidade não buscou informações oficiais. “A ONG sequer conseguiu delimitar metodologicamente o período da pesquisa apresentada”, ressalta a nota, enfatizando que a SSP conseguiu estabelecer o número de homicídios no ano de 2016, colocando-se à disposição das entidades para prestar os esclarecimentos sobre as estatísticas oficiais.
E continua dizendo" ONG não entrou em contato com a principal fonte dos dados apresentados, que seria a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe; A ONG aponta equivocadamente que o site da SSP/SE está constantemente fora do ar, demonstrando a tentativa de desqualificar o trabalho da instituição".
Fonte: Infonet (Cássia Santana)
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