Já se disse por aqui uma vez que a impressão que o cidadão sergipano tem hoje no seu Estado é a de que os nossos políticos, graças à conivência de autoridades públicas e a leniência de organismos de controle e fiscalização locais, simplesmente não acreditam em Lava Jato.
É que por conta desse certo compadrio e cumplicidade entre os diversos entes no poder em Sergipe, a
maior parte dos políticos imagina que não há mesmo a mínima chance de algo do tipo da Lava Jato ocorrer em terras sergipanas.
Mas eis que até pouco tempo atrás os sergipanos ficaram entusiasmados com uma instituição, a polícia civil do Estado, que através de um de seus órgãos, o DEOTAP – Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública, começou a realizar uma série de investigações que pegaram de jeito muitos políticos de estirpe do Estado, tanto da capital quanto do interior, entre deputados, prefeitos, vereadores e dirigentes de órgãos públicos.
Pessoal de “moral ilibada” que
sempre achou, justamente por conta do acumpliciamento e compadrio entre os de sua laia, que poderia permanecer impune enquanto metia a mão no erário pelo tempo que desejasse, como se nenhum resquício dos ventos da lava jato que varreram o país tivessem soprado em nossas praias.
Mas quando menos se esperava, o governo de Sergipe decide afastar o time que estava ganhando do comando da DEOTAP, em clara evidência, conforme se comenta por todo o Estado, de tentativa de barrar as operações policiais da organização, que atingiam em cheio aliados de políticos de plantão no poder.
Já era sintomática, aliás, a recente demora na conclusão de determinados passos das operações policiais, por conta justamente da leniência de órgãos da Secretaria de Segurança Pública, que comprometem a continuidade dos processos contra políticos incriminados.
Agora, sabe-se lá qual será o fim de nossa “Lava Jato”. Falta vergonha na cara de muita gente por aqui.
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